Dirigente diz que ALL abandona trecho paulista

A privatização do trecho ferroviário paulista da antiga Fepasa, entre Rubião Júnior, na região de Botucatu, até Presidente Epitácio, nas barrancas do rio Paraná, não trouxe a revitalização da ferrovia. Pelo contrário, com exceção de um pequeno trecho entre Ourinhos e Ipaussu — que serve para escoamento da produção de arroz —, o restante da malha é uma “ferrovia fantasma”.
Só não está pior devido a uma ação na Justiça da Procuradoria Federal de Presidente Prudente contra a América Latina Logística (ALL), a concessionária dos trechos da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) com ações também em ferrovias argentina.
O dirigente do Sindicato dos Ferroviários e atual presidente da Câmara de Ourinhos, José Claudinei Messias, não poupa a “negligência” da ALL, que assumiu num contrato “de gaveta” a malha paulista da antiga Fepasa entre Rubião Júnior a Botucatu numa evidente estratégia de direcionar suas exportações pelo porto de Paranaguá. A seguir, os principais trechos da entrevista:
DEBATE – Como está a situação da América Latina Logística na malha paulista, no trecho de Ribeirão Júnior a Presidente Epitácio? Ainda correm poucos trens e só para manutenção?
Messias — Continua inalterada. Nós temos feito várias sessões junto à ANTT [agência reguladora de transporte terrestre], porque a empresa tem um contrato de concessão que ela não vem cumprindo, no nosso entender. O exemplo clássico, que se tornou um exemplo para o Brasil todo, foi a reativação do trecho de Presidente Prudente a Presidente Epitácio, onde, há quatro anos, a empresa chegou a retirar os trilhos bons, levar para o Paraná e colocar sucata no lugar. Nós levamos o problema à Procuradoria da República e ao Ministério Público Federal que determinou inquérito civil. Após a aplicação de uma multa pesada pela ANTT, a ALL recolocou os trilhos no mesmo local, mas, mesmo assim, continua abandonado. Até tem vários locais com trilhos suspensos. Fizemos até um ato público, tanto em Presidente Prudente quanto em Epitácio, para mostrar o descaso ao secretário estadual de Transportes, representante do Ministério dos Transportes, da ANTT e em torno de 28 prefeitos e uns 30 vereadores. A empresa foi obrigada a reativar aquele trecho ferroviário, mas para inglês ver. Continua o abandono e, este ano, ela foi novamente multada e assinou um Termo de Ajuste de Condutas (TAC) com o Ministério dos Transportes. Ela opera aquele trecho de uma maneira muito precária, sem investimentos.
DEBATE – Qual o motivo do desinteresse da ALL pelo trecho da antiga malha paulista da FEPASA?
Messias – Esse trecho não foi concedido para a ALL, mas pertencia à Ferroban. A ALL fez um contrato de gaveta com a Ferroban e ou a operar nesse trecho. Então, na verdade, a linha entre Londrina e Maringá é praticamente paralela à linha Ourinhos — Presidente Epitácio, que sempre operou pelo porto de Santos. A ALL opera o Porto de Paranaguá. Então, essa linha da antiga Sorocabana acaba sendo concorrente. A ALL “comprou” esse trecho da Ferroban no processo de privatização, a meu ver apenas para desativar e ficar apenas com a linha de Maringá.

“A ALL “comprou” esse trecho da Ferroban no processo de privatização para desativar e ficar com a linha de Maringá”


DEBATE — Não há o risco desse trecho da malha paulista desaparecer pelo modo como está, já que hoje este trecho até o porto de Santos está desativado? Existe um contrato de agem, mas o governo federal ainda não definiu a regulamentação disso.
Messias – Se dependesse da ALL, o primeiro trecho, entre Prudente e Epitácio, já seria coisa do ado. Não haveria mais ferrovia neste trecho, se dependesse da gestão da ALL. Só não conseguiu devido à ação muito austera do Sindicato dos Ferroviários e do procurador da República

Borrowers who would look cash advance payday loans their short . payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Debate Online/ Aurélio Alonso, da Editoria Regiona

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*