A CFN começou a negociar, com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a formação de um programa para treinamento de mão-de-obra a fim de atender a futura ferrovia. O objetivo da empresa é contratar cerca de 600 novos trabalhadores nos próximos três anos, tempo que a companhia levará para iniciar o transporte de cargas sob trilhos. Parte dessas pessoas, no entanto, já deverá ser convocada a partir de julho do ano que vem. Segundo Jorge Mello, entre as vagas que serão abertas há espaço para maquinistas, mecânicos, inspetores e eletricistas, por exemplo.
“Existem funções como a de maquinista que exigem dois anos de formação, por isso temos que começar a nos preocupar logo, não há profissionais suficientes nessa área”, comentou o diretor. A providência seguinte refere-se à reestruturação societária da CFN. O executivo afirmou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se comprometeu a autorizar a mudança de sociedades na semana ada.
Os grupos controladores da empresa – Vicunha, Taquari Participações e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – querem transformar a CFN em parte integrante da Transnordestina S.A, empresa criada para gerir o projeto de R$ 4,5 bilhões. Desta forma, o patrimônio de R$ 300 milhões da concessionária da obra ará a contar como investimento privado, evitando que a ferrovia se torne uma estatal. “Temos R$ 250 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) referentes a deduções do Finor (Fundo de Investimentos do Nordeste). Hoje não podemos utilizar esses recursos porque, se retirarmos o dinheiro, a CFN a a pertencer ao Governo Federal”, emendou.
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