Os 13 trechos selecionados pelo governo federal neste fim de ano será objeto de novo estudo. A idéia é atualizar os dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 1996, que trata da viabilidade técnico- financeira e levantar informações como, por exemplo, o custo e as melhorias necessárias de cada um dos eixos.
A previsão, do Ministério do Transportes, é que o estudo seja concluído até meados de 2007 abrindo caminho para o início das licitações dos trechos já no segundo semestre do ano.
Do ponto de vista técnico é perfeitamente viável colocar em licitação daqui a um ano, comentou João Scharinger, pouco antes de deixar a chefia do Departamento de Desenvolvimento Urbano do BNDES, em julho deste ano.
Para iniciar o programa, o BNDES investirá quase R$ 1 bilhão nos 13 trechos, financiando até 70% dos projetos para melhoria das linhas, das estações e dos os.
Pelo Plano Nacional Ferroviário, a exploração das linhas será feita pelo setor privado, remunerado pela tarifa de transporte ou poderá ser feita por meio de concessão, Parceria Público-Privada (PPP) ou consórcios entre a União, estados e municípios.
É difícil falar em parceiroquando o estudo de viabilidade do Ministério dos Transportes nem está pronto, mas acredito numa parceria público-privada, disse o engenheiro Ivo Martins, de Apucarana, sem nomeá-las.
De antemão a concessionária América Logística Latina (ALL), que o controle da malha Sul do país, informou por meio de sua assessoria de imprensa que não tem interesse na exploração do transporte de ageiros no trecho Ibiporã-Paiçandu.
A decisão, entretanto, não inviabiliza o projeto na região. No contrato, as concessionárias ferroviárias não são obrigadas a fazer o transporte regular de ageiros, mas são obrigadas a permitir o seu tráfego duas vezes por dias (duas viagens), em se tratando de linha de alta densidade de carga, que é caso do trecho entre Maringá e Londrina.
Mas, neste caso, o estudo do BNDES que nos subsidia nesta primeira etapa do projeto, prevê a construção de linha paralela, em parte do trilho para não atrapalhar o transporte de cargas, revelou Afonso Carneiro Filho, do Ministério dos Transportes.
Ainda assim, segundo o BNDES, o trecho revelou uma rentabilidade de 47%. Descontado os custos da duplicação, a previsão de gastos iniciais para melhoria e adequação das estações ferroviárias no trecho norte/noroeste do Paraná era de R$ 110 milhões, conforme Ivo Martins, do TRI.
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