Com grande potencial de crescimento no Brasil, os projetos de infra-estrutura têm atraído a participação de fundos de pensão e private equity. Nos próximos quatro anos o setor deve receber R$ 2,5 bilhões de aporte por meio de Fundos de Investimentos e Participações (FIPs), segundo estimativas da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).
Com a perspectiva de queda da taxa de juros, os investimentos nas áreas de saneamento, transporte e logística têm representado uma boa alternativa para diversificar a carteira dos fundos e obter rentabilidade a longo prazo, afirma o diretor de investimentos e finanças da Valia (fundo da Companhia Vale do Rio Doce), Manoel Cordeiro. Segundo ele, cerca de 5% do patrimônio, atualmente em R$ 8 bilhões, são destinados às aplicações alternativas, que incluem os FIPs e fundos de private equity, voltados para a compra de parte ou totalidade de uma empresa.
A Valia aplica no InfraBrasil, maior fundo FIP do País, que possui R$ 520 milhões captados. “A perspectiva é que esse volume possa chegar a R$ 1 bilhão com investimentos de outras fundações, inclusive do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, afirma. O InfraBrasil, lançado no ano ado, é gerido pelo banco ABN Amro Real e também conta com a participação de outros fundos de pensão como a Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobas) e Funcef (Caixa Econômica Federal), além de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O fundo deve atender cerca de dez a doze projetos no prazo de quatro anos, e atualmente avalia quatro empreendimentos nas áreas de transporte (ferrovia), e de geração e transmissão de energia elétrica.
A Valia ainda possui participação em projects finances em parceria com Petrobras, para investimentos no campo de Marlim, na bacia de Campos, além da participação de 10% no Metrô do Rio de Janeiro, no porto de Santos e na Companhia de Saneamento do Paraná (Sanespar), por meio do Fundo de Investimento em Ações (II-FIA), gerido pela Angra Partners.
A Funcef é outra fundação que decidiu investir em infra-estrutura. O fundo de pensão possui R$ 800 milhões destinados a aplicação em FIPs e private equity, o que representa 3,5% de sua carteira. A instituição participa do GP Logística, AG Angra, Darby Stratus e InfraBrasil, no qual detém um aporte de R$ 225 milhões. A fundação também aplicou R$ 170 milhões no fundo Brasil Energia, que já tem investimentos aprovados para linha de transmissão e termoelétrica. “Nós preferimos ar a istração dos ativos para gestoras de fundos e assim compartilhar os riscos”, afirma o diretor presidente da fundação, Guilherme Lacerda. Além dos fundos, a Funcef detém 4% do capital da América Latina Logística (ALL), advindo da participação na Brasil Ferrovias. Segundo Lacerda, o setor de infra-estrutura representa boa oportunidade para diversificar a carteira. O crescimento do setor também atraiu a participação de grandes fundos como a Previ e a Petros.
O primeiro possui cerca de R$ 200 milhões aprovados para aplicação em FIPs, fundos de private equity e venture capital , que envolve a participação em empresas. Já o Petros possui R$ 877,5 milhões programados para investimento nos fundos FIP´s e private equity, o que representa 3% de seu patrimônio. A fundação participa dos fundos InfraBrasil, Logística Brasil, Brasil Energia, Dynamo Puma II, AG Angra Infra-estrutura, Fundo Mesanino Darby Stratus e Fundo Governança e Gestão.
Entrada das gestoras
A a de fundos Angra Partners lançou o FIP AG Angra Infra-Estrutura, que acumula captação de R$ 700 milhões para investimentos em saneamento, transportes, parques industriais e no setor de óleo e gás. De acordo com diretor executivo da Angra, Eduardo Farhat, o fundo possui participação de 10 investidores, entre eles a Petros e Funcef, e deve começar a aplicar em alguns projetos ainda este ano, que podem incluir a participação em parcerias Públ
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