O estudo de demanda para implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no trecho que liga a estação de Cajueiro Seco ao Cabo de Santo Agostinho já começou. Ontem, após a apresentação oficial do modelo, o chefe do Departamento de Material rodante da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Sílvio Mesquita, visitou a linha ferroviária a fim de visualizar suas atuais condições. Um trecho derivado da linha, que parte de Ponte dos Carvalhos e segue até Suape, também estará incluído no projeto.
O VLT configura-se como principal opção de transporte para os futuros trabalhadores dos empreendimentos de grande porte do Estado, a exemplo do estaleiro Atlântico Sul e da Refinaria Abreu e Lima, como antecipou a reportagem da Folha de Pernambuco, na última terça-feira.
Na próxima segunda-feira, a CBTU terá reunião com o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) e representantes da indústria metro-ferroviária, em São Paulo, para discutir que tecnologia será aplicada no VLT brasileiro. “Toda análise e aprofundamento deverá ser feita até maio de 2007, prazo final de apresentação do projeto para que ele seja incluído do Plano Plurianual (PPA) de 2008 a 2011”, ressaltou Mesquita.
O trecho entre Cajueiro Seco e Cabo de Santo Agostinho possui 13 km de extensão. Já a derivação que segue para Suape – que é utilizada esporadicamente para o transporte de cargas – tem cerca de 11 km. A instalação do VLT em Pernambuco poderá ser o ponto de partida para uma organização urbanística considerada ideal na região, lembrou o superintendente do Metrorec, Sileno Guedes.
Segundo ele, a infra-estrutura de transportes já estaria plenamente concluída e pronta para receber habitações, ao contrário do que aconteceu no ano ado, quando foi preciso construir ruas, estradas e ferrovias para atender uma demanda já estabelecida. O consultor em Transportes Urbanos, Germano Rossato, lembrou que o metrô de Nova Iorque, por exemplo, foi construído muito antes de determinadas áreas da cidade estarem ocupadas.
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