Os 900 quilômetros de ferrovias que cruzam Mato Grosso do Sul – no trecho que liga Jupiá a Corumbá –, vão receber até o final deste ano R$ 6,3 milhões em investimentos por parte da América Latina Logística (ALL) que assumiu o controle da Brasil Ferrovias (que incluem a Novoeste, Ferronorte e Ferroban) desde maio deste ano.
Os recursos serão destinados à recuperação e troca de trilhos, troca de dormentes, limpeza e roçada de faixa de domínio, soldagem e fixação. A empresa de logística brasileira, que também tem ferrovias na Argentina, assumiu a concessão da Novoeste em maio deste ano, ainda pretende destinar mais R$ 6,2 milhões que serão aplicados em toda a malha da empresa (Estados de São Paulo, Mato Grosso e MS) na compra de equipamentos e adequação de oficinas, e compra e manutenção de máquinas, entre outros.
De acordo com informações da assessoria de imprensa, em mecânica a empresa também investirá ainda neste ano R$ 23,6 milhões em locomotivas, R$ 8,4 milhões em vagões e R$ 11,6 milhões em serviços. O principal foco desta área é a manutenção preventiva, que contribuirá para a redução do número de acidentes. A ALL informa que desde que iniciou suas operações em julho, até o final de setembro, o número de acidentes no trecho teria caído 28%.
Computador de bordo
A empresa que tem concessão apenas para operar com transporte de cargas em Mato Grosso do Sul pretende ainda até o final do ano implantar computadores de bordo em 100% das máquinas. O objetivo é possibilitar às equipes de controle auditarem com precisão o procedimento do maquinista na condução do trem. Qualquer anomalia no processo, como alteração no limite de velocidade, fica registrada.
Outra tecnologia adotada é o detector de descarrilamento; equipamento instalado sobre os trilhos que tem sensor que transmite via rádio um aviso de alerta ao detectar um vagão descarrilado. Alguns trechos da malha da Novoeste, Ferroban e Ferronorte já tem o equipamento.
Operações
Com relação a operacionalidade da malha ferroviária do Estado, a assessoria da ALL informa que o trecho que liga Campo Grande a Corumbá está totalmente apto para o transporte de cargas como minério e grãos, segundo a assessoria. No entanto, não há previsão ainda para o transporte de ageiros, já que a concessão da ALL é apenas para cargas. Para isso a empresa precisaria firmar convênio com parceiras interessadas em explorar este tipo de serviço.
Já o trecho que liga Campo Grande a Ponta Porã, que tem baixa densidade, ainda não está operando em sua plena capacidade.
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