O Ministério dos Transportes apresentou a versão preliminar do PNLT (Plano Nacional de Transportes e Logística). Os detalhes do projeto, que vem sendo elaborado desde o ano ado e prevê investimentos públicos e privados capazes de desenvolver a infra-estrutura nacional do setor nos próximos 15 anos, foram revelados ontem, durante encontro na Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio).
Detalhes – Desenvolvido em parceria com o Ministério da Defesa, o PNLT é uma ferramenta de planejamento de médio e longo prazo para o setor que servirá de embasamento para o Plano Plurianual do governo federal para o período 2008-2011. O encontro realizado ontem no Rio de Janeiro, segundo a secretaria de transportes do estado, serviu para discutir e avaliar a versão preliminar do plano.
Na abertura do evento, o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, disse que o Plano tem como principal objetivo retomar o processo de planejamento de longo prazo no setor de transportes, dotando-o de uma estrutura permanente de gestão. Segundo ele, a meta é definir as prioridades para o setor até 2023. “O PNLT foi elaborado com base em projeções macroeconômicas regionais e servirá para a elaboração dos próximos Planos Plurianuais de Investimentos para o setor de transportes. Ele também provocará uma alteração substancial na matriz de transportes brasileira, com maior participação dos modais ferroviários e hidroviários”, informou.
Em relação ao Rio de Janeiro, a versão preliminar da PNLT recomenda investimentos em obras no estado como a conclusão do arco rodoviário metropolitano e a ampliação do Porto de Sepetiba. Na ocasião, o vice-presidente do Conselho de Infra-Estrutura da Firjan, Mauro Viegas Filho, defendeu a necessidade de incluir no Plano a construção do ramal onde será construído o Porto do Açu pela MMX Minas-Rio, além de investimentos no Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Para Viegas Filho, o investimento nos 45 quilômetros de ferrovia até São João da Barra seria uma forma de aproveitar ao máximo a capacidade de operação do Porto do Açu. E com a extensão da malha ferroviária, o porto poderia captar cargas de Minas Gerais e do Espírito Santo. “É um projeto importantíssimo que estamos viabilizando e certamente teremos parceiros privados. Vamos criar condições para que o empreendedor privado possa concluí-lo. Dessa forma, supriremos esse gargalo e ofereceremos uma alternativa de escoamento interno”, completou o secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Julio Lopes.
O representante da Firjan também defendeu investimentos no Aeroporto Internacional Tom Jobim, destacando a necessidade de se prever um futuro aumento no terminal de cargas do aeroporto – recém-inaugurado e que opera com folga, segundo Viegas Filho. “O terminal não vai ar o aumento de volume até lá sem obras”, prevê. Para o subsecretário de Transportes do Estado do Rio, Delmo Pinho, o aeroporto tem condições de se tornar um importante hub aéreo nacional com custo zero, absorvendo o excesso de demanda que prejudica o setor no Sudeste. “O terminal de cargas do Galeão opera com ociosidade de 70% e o Estado do Rio é o único que pode absorver o excesso de demanda dos aeroportos com pequeno investimento apenas”, declarou.
O subsecretário sugeriu ao secretário de Política Nacional de Transportes que o governo federal inclua o programa de revitalização Porto do Rio – Século XXI no PNLT.
“Esse projeto é muito importante, não só para o Rio, mas para permitir o escoamento de produtos e ampliar a capacidade de exportação de vários estados, entre eles Minas, São Paulo e Espírito Santo”, ressaltou. Ao final do encontro, Marcelo Perrupato informou que o Plano Nacional de Logística e Transporte será concluído em meados de novembro, somente depois que todos os estados tiverem apreciado o planejamento e apontado alterações pertinentes. Com informações de Agência Brasil e Secretaria de Estado de Transpor
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