Pela primeira vez nos contratos de privatização, o governo do Rio abrirá mão de receita em troca de investimento. O acordo inédito foi firmado em 27 de dezembro ado e publicado no Diário Oficial do dia 31. Trata-se da renovação por 20 anos da concessão do Metrô à Opportrans. Pelas duas décadas a mais na exploração do serviço, a concessionária se comprometeu a investir cerca de R$ 1,2 bilhão na ampliação da frota e na construção de novas estações para o sistema. Em três anos, serão compradas 110 composições, que se somarão às atuais 160, conta o governador Sérgio Cabral. Por contrato, a Opportrans vai construir a ligação da estação de São Cristóvão da Linha 2 à Central do Brasil, num projeto para desafogar o Estácio, atual ponto de conexão com a Linha 1 do Metrô. A concessionária vai indenizar em R$ 40 milhões a construtora Camargo Côrrea, vencedora da concorrência para a ligação Estácio-Carioca, que jamais saiu do papel.
— A Opportrans também vai construir as estações Cidade Nova, em frente à Prefeitura, e Uruguai, na Tijuca — diz Cabral. As demandas judiciais e trabalhistas envolvendo o Metrô também serão assumidas pela concessionária.
A intenção da empresa com o investimento é dobrar o número de ageiros para um milhão por dia e reduzir à metade, para dois minutos, o intervalo entre os trens.
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