Trecho de linha em Salvador terá atraso

Mesmo se ficar pronto no prazo, não se poderá dizer que o trecho Lapa-Rótula do Abacaxi será concluído em dezembro. Isto porque a Companhia de Transporte de Salvador (CTS), gestora da obra, ite que a Estação da Bonocô – com 30% dos trabalhos avançados – não será finalizada a tempo. Incompleta, a linha contará com paradas no Campo da Pólvora e em Brotas, fora suas duas extremidades.


“A previsão para a construção de uma estação com estas características é de um ano e dois meses”, prevê o vereador Jorge Jambeiro (PSDB), presidente da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais da Câmara. Sobre a pressa em dar respostas à sociedade, ele tem ressalvas: “O trilho do trem, que anda a 30 km/h, já descarrilou três vezes, imagine metrô, que vai andar a 80 km/h? Esse trilho tem que ser colocado milimetricamente”.


Jambeiro critica a ausência de planejamento para a pós-construção – instalações elétricas, testes e treinamento de pessoal. Sobram incertezas neste aspecto. Presidente da CTS, Pedro Dantas não sabe dizer quais os custos de manutenção da primeira linha, quantos e como os funcionários serão contratados, tampouco como será a integração entre ônibus e metrô – considerada pela atual gestão fundamental para o funcionamento do transporte urbano da cidade.


“Ainda não estamos discutindo estes assuntos porque o que nós temos são premissas. Podemos falar da operação, mas todos os outros aspectos vêm sendo estudados”. Sobre quem istrará o metrô, Dantas responde: “São quatro hipóteses. Concessão, parceria público-privada, a CTS operando ou a CTS em parceria com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos)”, do Ministério das Cidades e co-gestora do empreendimento.


A possibilidade de a CBTU istrar a linha, como faz em Recife e Belo Horizonte, é encarada com certo receio pelo diretor-técnico da companhia. Macus Quintella avalia ser “uma afirmativa muito precoce, pois não há nada discutido” com o governo federal. “A CBTU apenas faz os rees do investimento, nós somos fiscalizadores. O metrô de Salvador pertence à prefeitura”, esclarece.


Prefeito define a situação do cronograma como complexa


O prefeito João Henrique é evasivo. Em visita ao canteiro da Bonocô há uma semana, ele definiu a situação como complexa e difícil de se fixar datas.


Não posso dar a garantia de que em dezembro ou janeiro o metrô estará pronto, mas nós estamos trabalhando para isso, disse, fazendo referência à istração municipal anterior, quando os trabalhos foram iniciados sem nunca se chegar a uma finalização. Em três anos e meio conseguimos dar velocidade à obra, após o saneamento financeiro da prefeitura, resume. João Henrique deu algumas garantias, como o preço da tarifa, a custar o mesmo valor da tarifa do ônibus.
A previsão é feita às vésperas de os primeiros trens da frota – comprados com recursos do governo estadual e orçados em US$ 28,5 milhões – serem entregues à CTS, gestora do empreendimento. Em setembro, três veículos fabricados pela japonesa Mitsui estão previstos para desembarcar no Porto de Salvador, antecedendo mais três no mês de novembro. Já se encontram na capital 1.027 trilhos de 1.600 toneladas, correspondentes aos seis quilômetros da primeira etapa, no trecho Lapa – o Norte.


As aquisições não seriam possíveis se o Tribunal de Contas da União (TCU) não retrocedesse em transferir os R$ 20 milhões “seqüestrados” da prefeitura em 2006. A retenção da verba, através de medida cautelar, sinalizou à época a inviabilidade de o TCU avaliar as contas da companhia. A justificativa da CTS foi de que o contrato do tipo turn key (fechado) inviabilizava a discriminação de preços unitários, já que a prestação de contas era feita por etapas.


Mais dinheiro – Previsto para ser entregue em 2010, o percurso ainda depende de recursos federais através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que reará à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), co-gestora da execução dos contratos, R$ 468 milhões em parcelas graduais. O valor, somado ao que já foi gasto, onera o metrô de Salvador em R$ 970 milhões, sem contar as demais etapas, previstas para um futuro longínquo. Para se ter idéia, há uma década se previa que os custos não assem do equivalente, hoje, a R$ 490 mi.


O histórico e a forma como o metrô foi idealizado não nos leva acreditar que o novo prazo seja cumprido. Um projeto que se iniciou em 1998 e deveria concluir os seus 12,5 km iniciais em 2003, continua sem uma finalização. Estamos em 2008 e ele continua se arrastando, avalia o engenheiro Jonas Dantas, presidente do Conselho Regional de Arquitetura, Agronomia e Engenharia da Bahia (Crea), para quem o grande culpado foi o governo federal, por não garantir a constância no ree das verbas.


Na defensiva, o presidente da CTS, Pedro Dantas, atribui as críticas à desinformação de quem, à glosa de uma postura “ideológica”, desconhece o projeto. Esta obra não é eleitoreira, e será concluída em novembro. Entregaremos o metrô à população no primeiro semestre de 2009, promete. Mas o descumprimento de prazos não é de hoje. Em agosto de 2007, por exemplo, João Henrique garantiu que em março ado, juntamente com o presidente Lula e o governador Jaques Wagner, faria um eio de trem entre a Lapa e a Rótula do Abacaxi.


Os gestores públicos, na ânsia de dizerem que estão trabalhando, anunciam datas que não correspondem à realidade de um projeto desse porte. Com o Estádio de Pituaçu está sendo assim. São pessoas que à luz da necessidade de querer dar resposta anunciam prazo que eles não podem cumprir. Uma obra como o metrô, feita a céu aberto, a por intempéries como a chuva. Eles não vêem isso?, reclama o presidente do Crea.



 

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Fonte: A Tarde On Line

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