O Metrô de São Paulo se prepara para licitar, até maio do ano que vem, a construção de duas centrais de tratamento de esgotos nos pátios das estações Jabaquara e Itaquera (Linhas 1 e 3). As obras estão orçadas entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões e fazem parte do processo de certificação do Metrô paulistano às regras do ISO 14.001, que consiste na avaliação de sistemas de gestão ambiental de empresas.
Segundo Paulo Celso Mano Moreira da Silva, gerente de meio ambiente e sustentabilidade do Metrô, o objetivo é que as duas estações de tratamento de esgotos estejam operando até o fim do ano que vem. Queremos tratar toda a água utilizada nos pátios do Metrô, afirma Moreira, ao ressaltar que as estações convencionais provavelmente não irão demandar a construção de centrais de tratamento de esgotos por gerarem menor quantidade de resíduos.
Atualmente, somente o pátio da estação Capão Redondo (Linha 5) possui uma unidade de tratamento de esgotos. Nos pátios funcionam as garagens e centrais de manutenção dos trens.
No mês ado, as áreas de manutenção, logística e sustentabilidade do Metrô foram certificadas conforme as exigências do ISO 14.001. Agora, o próximo o da empresa é obter a classificação das gerências de construções e operações. Depois que todas as áreas forem certificadas, o executivo acredita que será a vez dos fornecedores do Metrô se adequarem ao ISO 14.001.
Moreira informa também que para a certificação já conquistada foram treinados 2,5 mil funcionários, o que representa 33% do efetivo total da companhia. Os resultados iniciais apontam que os departamentos de manutenção separaram, acondicionaram e destinaram 25 toneladas de resíduos de produtos perigosos para incineração em aterro. No caso das lâmpadas, a empresa reciclou todas desde a classificação.
Os investimentos, segundo ele, não foram substanciais, já que se restringiram ao treinamento dos funcionários do Metrô em um período de sete meses. A Fundação Carlos Alberto Vanzolini foi a responsável pelo acompanhamento e certificação do Metrô.
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