O governo do estado e a prefeitura do Rio já chegaram à conclusão sobre a engenharia financeira da parceria que planejam para tirar do papel a Linha 4 do metrô (Barra da Tijuca Zona Sul) e iniciar as obras ainda este ano. Um convênio, a ser assinado entre o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, prevê que os cerca de 70 terrenos remanescentes da construção da Linha 1 do metrô serão vendidos para financiar a construção do trecho Jardim Oceânico — São Conrado — Gávea, que levaria pelo menos três anos para ser concluído.
Com base nesse convênio, Eduardo Paes enviará à Câmara dos Vereadores um projeto permitindo construções nesses imóveis, seguindo o gabarito de cada área. A lista inclui terrenos localizados em Botafogo, Laranjeiras, Catete e Centro, além da área ocupada atualmente pelos 1.200 boxes do camelódromo da Rua Uruguaiana que teria de ser remanejado para outro lugar.
— Em 2007, esses terrenos foram avaliados em cerca de R$ 770 milhões, que serão aplicados na contrapartida que o estado tem que dar ao Consórcio Rio-Barra (vencedor da concorrência feita em 1998) para fazer o projeto. Como eles estão em áreas onde a oferta de terrenos é escassa, permanecem valorizados mesmo em períodos de crise financeira — disse o secretário de Urbanismo, Sérgio Dias.
Ano ado, o ex-prefeito Cesar Maia chegou a enviar um texto à Câmara propondo a criação de parâmetros urbanísticos do metrô da Linha 1, mas sem o compromisso de contrapartida.
O secretário estadual de Gabinete Civil, Regis Fitchner, explicou que a mensagem será mais detalhada por envolver mais de 300 imóveis (incluindo áreas edificáveis e outras destinadas a equipamentos públicos como praças): — O projeto incluirá áreas localizadas na Linha 2 (Pavuna Estácio). São terrenos que não têm tanto valor de mercado e que podem ser destinados para construção de casas populares. O que ainda não decidimos é se essas obras seriam feitas pela Cehab ou transferidas para a prefeitura.
Seja o primeiro a comentar