A segunda audiência pública do TAV reuniu cerca de 250 pessoas em São Paulo, na quarta-feira (13). Quase o dobro do público que compareceu a primeira reunião no Rio de Janeiro, na segunda (11).
Representantes de multinacionais, consultorias e prefeituras marcaram presença no evento. Os participantes vindos do Vale do Paraíba se destacaram nas perguntas, questionando, principalmente, a falta de realização de uma audiência na região. O presidente da mesa, Nilo Garcia, explicou que existe a possibilidade de realizar audiência no Vale do Paraíba, tanto na parte de São Paulo como do Rio de Janeiro, mas não há previsão.
As cidades da região estão conversando sobre a possibilidade de mudar o traçado da linha férrea. O projeto base prevê que o trem margeie a Via Dutra em seu lado Norte, o que acarretará em um grande número de desapropriações e impacto ambiental ao cruzar o Rio Paraíba, que é área de proteção ambiental. A idéia é que o trajeto seja feito pelo lado Sul da Via, área de zona Rural que evitará desapropriações e não cruzará o rio.
Segundo o assessor da diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Territorial de Taubaté, Carlos de Arruda Camargo, a prefeitura da cidade já apresentou a proposta formal a ANTT.
A fabricação de equipamentos e material rodante no Brasil também fizeram parte da pauta, com a proposta do presidente da Abifer, Vicente Abate, para que a indústria ferroviária nacional tenha preferência neste processo. Abate sugeriu um protocolo de intenções entre o Governo e a Abifer, associação que representa o setor.
Durante a audiência, os representantes da ANTT e BNDES apresentaram o projeto e esclareceram as dúvidas dos participantes.
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