”Queremos ser protagonistas no setor”

O desencadeamento de um ciclo de investimentos em infraestrutura de transportes e logística no Brasil nos próximos anos já está no horizonte do braço do Grupo Odebrecht voltado para o setor. A empresa se prepara para executar boa parte das obras estruturantes em perspectiva, mas não quer participar do movimento apenas como construtora. Segundo Benedicto Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, a empresa se organiza para ter papel de protagonista também como investidora. Aos poucos, está formando uma carteira de ativos para a nova unidade de negócios voltada para concessão de transportes e logística.


Depois de deixar, em 2003, sua participação na CCR Rodovias (Nova Dutra, Autoban, Rodo Norte, Ponte Rio-Niterói), a Odebrecht começou a voltar ao setor de estradas conquistando concessões como a da Dom Pedro, em São Paulo. A empresa também já obteve participações em projetos de transportes como a futura linha 4 do metrô do Rio e entrou na logística ao comprar o terminal Embraport, em Santos, em parceria com a Dubai Port World. A intenção é maximizar o retorno dos investimentos prestando serviço para os próprios negócios.


No ano ado, os serviços para empresas do próprio grupo já responderam por 16% da receita de R$ 2,6 bilhões. Esse caminho, lembra Júnior, foi iniciado há cinco anos com investimentos em energia e saneamento. Nessa última área, as concessões acabaram dando origem a uma empresa, a Foz do Brasil. Agora, é a vez do setor de transportes e logística, que ficará subordinado ao braço de infraestrutura.


“Estamos fazendo alguns investimentos para criar o portfólio dessa nova empresa”, contou Júnior ao Estado. Assim como o BNDES, ele aposta no crescimento acelerado da área de portos. “Nosso primeiro investimento foi o porto porque, na nossa visão, é um setor que tem espaço e demanda para atuarmos como construtor, operador e investidor. Acreditamos que ali poderemos gerar um embrião multiplicador de outros vetores para nós na logística.”


O executivo diz que as mudanças recentes na legislação de portos favorecem os negócios no setor, um dos principais gargalos do País, mas lembra que o governo ainda não conseguiu desatar o nó das regras que separam as novas concessões e os portos mais antigos. O estudo do BNDES sobre os investimentos em infraestrutura nos próximos quatro anos chama a atenção para o papel do Estado na concretização de projetos. O trabalho alerta que os grandes projetos em planejamento “demandarão novos aperfeiçoamentos no marco regulatório, assim como mecanismos estáveis de financiamento de longo prazo”.


Para Júnior, não há dúvidas de que o investimento em infraestrutura nos próximos anos virá majoritariamente do setor privado. Na sua própria carteira de serviços, ele já vem notando o aumento da participação de empresas no seu faturamento e acredita que, em pouco tempo, terá mais clientes na iniciativa privada ou entre empresas mistas, como a Petrobrás, do que no setor público, o grande investidor em infraestrutura nos ciclos de crescimento do ado. Hoje, esse braço da Odebrecht já tem 22% da receita nos serviços para projetos privados ligados a concessões, como a ferrovia Transnordestina, tocada pela CSN, do que para o governo federal, que tem metade dessa participação nos ganhos da divisão.


“A tendência é, em pouco tempo, empresas como Vale, CSN e Petrobrás chegarem a 50% da nossa receita”, acredita Júnior, que está de olho em novas concessões, principalmente de rodovias. Embora ainda tenha dúvidas sobre a viabilidade do trem de alta velocidade entre Rio e São Paulo, ele diz que o grupo estuda essa e outras oportunidades que estão se desenhando.


Na área de serviços, já tem projetos em andamento para construção e operação de terminais rodoviários e aguarda ansiosamente o governo federal decidir pelas concessões em aeroportos. Também pretende participar de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a Copa de 2014 e a Olimpíada do Rio, em 2016. Já fechou com o governo da Bahia o projeto do estádio da Fonte Nova, em Salvador, com base nesse modelo.

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