O Governo Federal irá estudar em conjunto com o governo municipal e estadual o local para a implantação da estação do TAV em São Paulo. O traçado referencial do projeto indica que a estação paulista será no Campo de Marte, na zona Norte da cidade, mas a área não esta definida.
Segundo o superintendente executivo da ANTT, Hélio Mauro França, o projeto do TAV vai além da questão local e que a ibilidade e urbanismo estão sendo avaliadas. “É um ponto crítico que terá que ser trabalhado no nível local, estadual e federal”, explicou França, durante o seminário Trem de Alta Velocidade e Transporte Urbano, realizado na terça-feira (9), em São Paulo.
A opção do Campo de Marte se deve ao fato de ser uma área federal, o que reduziria o custo da construção da estação. Além de estar próximo da Linha 1 (Azul) do Metrô. França explicou que os estudos mostram que é possível manter o aeroporto, mesmo com as obras, mas fez uma ressalva quanto ao uso da Linha 1, considerada saturada para atender a demanda.
O Terminal da Barra Funda também foi cogitado, por contemplar a rodoviária e estação do Metrô e TM. Mas França ponderou: “Teria espaço na linha, mas não para a estação”.
A escolha do local da estação do TAV deve ser muito bem avaliada, já que a cidade sofre com o trânsito carregado, quase que diariamente, e com o aumento do fluxo de pessoas a situação pode piorar se os os não forem bem definidos. A demanda prevista do TAV é de 7 milhões de ageiros por dia, no trecho Rio-São Paulo, e grande parte deste público deve embarcar/desembarcar na capital paulista.
O diretor do setor de alta velocidade da International Union of Railways (UIC), Ignácio Barrón, fez uma apresentação falando sobre a estrutura das estações e comentou que deve ser avaliado o tempo porta a porta (que é gasto na compra do bilhete, deslocomento até o embarque, percurso dentro da estação, a viagem, a chegada a outra estação e o deslocamento até o destino final) e que para implantar a estação é necessário ver os lugares, o tamanho da área, os os e conexões.
O diretor de Planejamento do Metrô de São Paulo, Marcos Kassab, apresentou a estrutura metroferroviária da cidade que poderá atender os usuários do TAV e a projeção da rede em 2014. Se todas as obras previstas estiverem prontas (como o Expresso Tiradentes) e encomendas entregues, o Metrô terá demanda de 7,3 milhões de ageiros/dia, com 401 trens; e a TM 3,3 milhões de ageiros/dia, com 254 trens.
Kassab comentou que existe um estudo, em longo prazo, de uma linha adicional, a Linha 18, atingindo a Vila Maria e Dutra. Ele ressaltou que é somente um estudo, sem cronograma e nada definido.
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