Os prefeitos de Americana, Hortolândia, Nova Odessa e Sumaré devem se reunir na próxima semana para discutir a proposta de transposição da linha férrea dessas cidades para a zona rural no prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes. As cidades vão decidir em conjunto se aceitam o pedido da ALL (América Latina Logística) para o uso do solo nos município. A concessionária quer fazer estudos para embasar seu projeto de duplicar a linha. A discussão estava prevista para acontecer na reunião de ontem do Consórcio do Lixo, mas foi adiada devido à ausência dos prefeitos.
A proposta da Prefeitura de Nova Odessa é de que a duplicação e a reativação do ramal ferroviário em Piracicaba sejam unificadas em apenas um projeto. O objetivo é retirar os trilhos das áreas urbanas.
O tema voltou a ganhar força após o acidente envolvendo um ônibus da VCA (Viação Cidade de Americana) e um trem da ALL em uma agem de nível em Americana, quarta-feira da semana ada, que matou nove pessoas. “Há mais de 20 dias, já tinha comentado com o prefeito (Manoel) Samartin, de Nova Odessa, para decidirmos a postura que vamos tomar em face ao ofício em que a ALL nos solicita a certidão de uso de solo para estudos de duplicação. O acidente só veio reforçar a necessidade desta discussão”, adiantou o prefeito de Sumaré, José Antonio Bacchim (PT). O acidente também foi comentado pelo candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, em sua vista a Campinas.
Para o prefeito de Nova Odessa, o aumento no tráfego pode trazer conseqüências graves. “Atualmente, am diariamente pelo Centro das nossas cidades cerca de 30 trens, nos dois sentidos, carregados ou descarregados. A duplicação da linha férrea pode elevar esta quantidade para 40 ‘pares’ – ou 80 trens – diariamente, o que seria inviável. Por isso, esta discussão é tão importante; porque, com a duplicação, os problemas só tendem a aumentar”, comentou Manoel Samartin, por meio de sua assessoria de imprensa.
O secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Hortolândia, Enrique Javier Lerena, destacou que “este é um ótimo momento para que as prefeituras possam reivindicar obras complementares à ALL”.
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