A economia brasileira apresenta sinais de superaquecimento com 85% de utilização de sua capacidade instalada e diante da crise dos países desenvolvidos deve continuar atraindo capital externo e, consequentemente aumentando o déficit em conta corrente, que deve encerrar 2010 em U$ 50 bilhões e ultraar U$ 65 bilhões em 2011, segundo cenário do economista Antonio Lanzana, apresentado durante o balanço de final de ano do Simefre, quarta (1/12).
Ele prevê que as taxas de juros devem chegar a 12% ao ano em 2011, voltando a cair no segundo semestre. O Real também deve se valorizar, mas o governo deve adotar medidas paliativas para conter uma enxurrada de dólar no mercado interno, que segundo ele será inevitável, por conta dos juros maiores, dos investimentos em infraestrutura, Copa do Mundo e Olimpíadas.
Em 2010, a economia deve crescer 7,5%, mas em 2011 esse ritmo deve baixar para algo em torno de 4,5%. Bem abaixo das previsões de crescimento de China (10,5% em 2010 e 9,8% em 2011). A razão desta diferença, segundo Lanzana, está na taxa de investimento que no Brasil gira em torno de 19% do PIB enquando na China chega a 40%.
Veja aqui a apresentação de Antonio Lanzana no Simefre
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