A demanda crescente de ageiros e o consequente aumento na lotação dos trens levaram a Trensurb a decidir adquirir 10 novas composições – um investimento que pode chegar a R$ 270 milhões.
O pedido foi aceito pelo governo federal no final do ano ado e, se tudo correr sem interferências, o reforço poderá estar nos trilhos em 2014, ano da Copa do Mundo.
Na comparação com 2011, a Trensurb ganhou entre 4 mil e 5 mil ageiros diários na sua linha entre Porto Alegre e São Leopoldo. O reflexo tem aparecido nos horários de pico, quando os vagões ficam lotados no início da manhã e final da tarde, especialmente entre as estações de Canoas e da Capital. Além do mais, vem por aí o alongamento da linha até Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.
Empresa promete vagões climatizados
Cabe ressaltar ainda a idade da frota. Adquiridos do Japão há 27 anos, os trens têm vida útil garantida até 40 ou 50 anos, mas o problema maior é a defasagem tecnológica. Um dos grandes vilões é o clima gaúcho, com verão muito quente e inverno europeu. As composições contam com ventilação, porém falta um sistema de climatização para fazer frente às variações do tempo.
Os novos trens teriam ar-condicionado e seis vagões, em vez dos quatro atuais, com promessa de garantir mais conforto aos usuários. O objetivo é manter os 25 trens antigos em operação – eles devem receber melhorias, ganhando o reforço dos 10 novos nos horários de maior procura, de acordo com o presidente da Trensurb, Humberto Kasper.
— Os sistemas estão esgotados no Brasil, em termos de uso de sua capacidade, como no Rio e em São Paulo. A causa é o crescimento da economia e da mobilidade. Aqui no Estado, nós não queremos isso — afirmou o presidente.
Cada trem custa entre R$ 22 milhões e R$ 27 milhões, calcula a Trensurb. Se tudo correr bem, a licitação em breve poderá ser lançada e, entre julho e agosto, o contrato estaria assinado. Como o tempo de fabricação das composições é de um ano e meio, em 2014 os novos trens poderiam estar circulando.
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