Os 411 vagões classificados como “bens não operacionais e inservíveis para o setor ferroviário” pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) ainda terão que enferrujar por mais algum tempo no pátio de Triagem Paulista, em Bauru.
Ninguém se interessou em comprá-los na licitação realizada na manhã de ontem na sede da Unidade Regional da inventariança da extinta RFFSA (Rede Ferroviária [1957-2007]).
Segundo edital, todo o patrimônio nacional foi colocado à venda por R$ 2,5 milhões, fracionados em sete lotes distintos. Nem assim alguém apareceu com alguma proposta oficial.
“Houve uma grande variação no preço da sucata. Talvez isso tenha afastado os compradores”, sugeriu o diretor ferroviário do Dnit, Marco Aurélio.
Novo adiamento
Por conta do “sumiço” de interessados, o leilão acabou adiado mais uma vez. Aliás, isso já não é nenhuma novidade para essa tentativa de venda do Dnit.
Lançado em novembro do ano ado, o edital ou por uma tentativa de impugnação movida por um leiloeiro público oficial, negada por uma comissão dia 10 de dezembro – três dias antes da data inicial para o leilão.
O processo acabou adiado para 18 de janeiro. Motivo: ninguém apareceu. O Dnit, então resolveu remarcar o leilão para ontem para “ampliação do número de prováveis licitantes”.
Históricos
Seja quanto tempo levar, a tentativa de leilão em Bauru é a primeira do gênero no país, segundo a política mais recente do governo federal de esvaziar os pátios ferroviários.
“É importante salientar que todo o material histórico não está sendo vendido”, frisou Aurélio. “Trata-se de alguns vagões de carga, truques de madeira. São itens que já estão à disposição inclusive das prefeituras”.
Atualmente, a istração bauruense já dispõe de 17 itens, entre vagões e locomotivas – entre estes, os utilizados regularmente para os eios de Maria Fumaça.
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