Dilma corteja produtores rurais no MT

A presidente Dilma Rousseff desembarca hoje em Mato Grosso onde participa de um dos maiores eventos do agronegócio: o início da colheita da safra de grãos em Lucas do Rio Verde. É uma reação à ofensiva de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) que cortejam produtores rurais, e uma oportunidade de avançar na articulação do palanque, onde o PT, historicamente, é fraco. Atualmente, o palanque mais forte articulado no Estado pelo senador Pedro Taques (PDT) é da oposição.


A última agem de Dilma no Estado foi em setembro, quando ela inaugurou, em Rondonópolis (MT), o Projeto Expansão Malha Norte, que inclui trecho da ferrovia Ferronorte, e o Complexo Intermodal. Agora ela retoma a ofensiva, diante do flerte ostensivo de Aécio e Campos com o setor.


A visita da presidente gerou expectativa entre os produtores, que aguardam, com ansiedade, notícias do leilão da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), a “Ferrovia da Soja”, que liga Lucas do Rio Verde a Campinópolis (GO) e vai escoar a produção agrícola da região de Mato Grosso a Goiás.


Dilma comandou reunião com o ministro dos Transportes, César Borges, e lideranças do setor produtivo, na quinta-feira para tratar do assunto. Mas tudo indica que ainda não poderá anunciar a data do leilão, por causa do embargo ao edital pelo Tribunal de Contas da União. Em dezembro, o TCU condicionou a liberação do leilão da Fico a ajustes, e impôs redução de custos de R$ 1,6 bilhão. O governo recorreu, mas o TCU ainda não julgou o apelo. O leilão estava previsto para o primeiro trimestre.


Desde o início do mandato, Dilma era convidada para o evento, mas só aceitou às vésperas da eleição. O senador Blairo Maggi (PR), uma das lideranças mais expressivas da região, diz que a presidente “será recebida com o carinho que merece”, pela atenção que o governo dispensou ao setor.


Maggi cita o subsídio para a aquisição de máquinas e equipamentos, que permitiu a ampliação da frota agrícola, e os investimentos em infraestrutura como estímulos ao negócio, que responde por parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB). Os investimentos permitiram diversificar o escoamento, com alternativas ao Porto de Santos (SP). Ele cita, por exemplo, o primeiro embarque de soja em março, no Porto de Miritituba (PA), destino final da hidrovia formada pelos rios Tapajós e Amazonas. “O que não está pronto, está em andamento”, disse.


A relação, entretanto, tem seus percalços. O presidente da associação que representa os produtores de soja e milho de Mato Grosso, Carlos Fávaro, reconhece o apoio do governo, mas ressalva que persistem demandas. “Não é que não foi feito nada, mas não sentimos que foi dada a devida prioridade ao setor”, disse. “Queremos mais eficiência e dedicação na infraestrutura e logística”, disse.


Maggi lidera as pesquisas de intenção de votos ao governo, mas confirmou ao Valor que não disputará. Em contrapartida, adianta que pedirá votos para Dilma.


O afastamento de Maggi garante a liderança a Pedro Taques. Com cerca de 30% das intenções de votos, ele tem entendimentos avançados com Aécio e Campos. Seus aliados lembram, inclusive, que Dilma o esnobou em 2010. A cúpula pedetista incentiva as articulações de Taques com a oposição, apesar da aliança federal com o PT.


Há expectativa de que a visita de Dilma acelere o desfecho das negociações. O PSD tenta construir palanque forte para Dilma, com o vice-governador Chico Daltro na cabeça de chapa. O governador Silval Barbosa (PMDB) cogita disputar o Senado, mas resiste em deixar o cargo em abril para que Daltro assuma e ganhe visibilidade.


Mas Daltro, sozinho, não tem musculatura para enfrentar Taques. Por isso, o PT cogita lançar o ex-vereador Lúdio Cabral para garantir um segundo palanque à presidente. Cabral chegou ao segundo turno na disputa por Cuiabá, mas perdeu para Mauro Mendes (PSB), candidato de Taques e Campos.


O Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país. O ano de 2013 foi marcado por concessões federais para o escoamento da safra local. As alternativas am pelo Norte do país. Essa mudança de paradigma poderá ter um impacto financeiro importante no frete de produtores locais. Dos cinco trechos anunciados, três estão diretamente associados ao escoamento de grãos do Centro-Oeste.

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