A Rumo Logística, companhia de logística do grupo Cosan, entrou ontem com pedido de registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo informações no site da autarquia. A empresa quer seu registro na categoria A, que permite a emissão de ações.
A abertura de capital da Rumo é parte do processo de fusão com a concessionária ferroviária ALL, que já tem papéis em bolsa. Na operação, a empresa de logística incorporaria a companhia de ferrovias. Por isso, o registro vai permitir a emissão de ações que serão entregues aos acionistas de ALL, se a operação for aprovada.
A proposta de fusão, formalizada em 24 de fevereiro, está em processo de análise por dois fundos de pensão – Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, e Funcef, ligado à Caixa – que fazem parte do bloco de controle da ALL. Além da gestora de recursos BRZ ALL (que tem como cotistas os fundos Petros, Funcef, Forluz, Valia, Postalis e outros).
A proposta da Rumo avaliou a ALL em R$ 6,958 bilhões e a si própria em R$ 4 bilhões. Todos os acionistas da ferrovia ficariam com 63,5% da companhia resultante da fusão. Favoráveis a essa proposta estão os controladores Wilson De Lara, Riccardo Arduini e esposa e a BNDESPar, que juntos detêm quase 70% das ações do bloco de controle da ferrovia.
Esses acionistas, mais os fundos de pensão, têm até dia 15 para manifestar o interesse na operação, aprovando ou não a proposta. Previ, Funcef e BRZ contrataram a Brasil Plural para elaborar um parecer que vai balisar sua decisão.
A Rumo, que tem como acionistas minoritários o fundo Gávea, de Armínio Fraga, e o americano TPG, ficaria com 36,5% do capital da “nova ALL-Rumo”.
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