A Siemens informou que fará uma oferta formal pela compra da Alstom para fazer frente à oferta concorrente apresentada pela General Electric (GE). A declaração ocorre num momento em que o governo socialista da França pressiona todas as partes envolvidas a reservarem pelo menos um mês para examinar todas as alternativas.
O grupo de máquinas e equipamentos alemão disse que quer realizar uma “due diligence” (levantamento de dados financeiros) sobre a Alstom, um pré-requisito para apresentar uma oferta de compra. Ontem, a empresa, sediada em Munique, enviou uma carta ao grupo francês pedindo o às contas por um período de quatro semanas.
Pessoa a par das conversações disse que a carta é mais concreta e detalhada do que a de duas páginas que o principal executivo da Siemens, Joe Kaeser, enviara a seu colega da Alstom no sábado, propondo a formação de dois campeões europeus em energia e transportes. A Siemens não quis comentar a informação.
A decisão da Siemens foi tomada num momento em que o conselho de istração da Alstom se preparava para iniciar as discussões com a GE, que apresentou uma oferta de compra das divisões de equipamentos de geração de energia do grupo francês no fim de semana.
A Alstom, símbolo do orgulho da indústria nacional sa, fabrica turbinas para geração de energia elétrica, inclusive as fornecidas para o importante setor nuclear francês, e é fonte importante de suprimentos para os trens TGV de alta velocidade e de outros equipamentos de transporte.
Alarmado pela aproximação de um acordo, por parte da Alstom, para vender sua divisão de energia à GE, num negócio no valor de 10 bilhões de euros na semana ada, o governo do presidente francês, François Hollande, interveio, num esforço de proteger o que encara como um ativo industrial estratégico.
Uma autoridade sa disse que o governo do país queria um negócio melhor para a Alstom. “A GE precisa melhorar sua oferta”, disse esse alto funcionário, acrescentando que o principal executivo e presidente do conselho de istração da GE, Jeffrey Immelt, entendia a preocupação da França em torno da perda do que o ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, qualificou de “joia industrial” nacional. O ministro sinalizou preferência pela abordagem da Siemens.
Seja o primeiro a comentar