Indústria ferroviária nacional recebe R$ 360 mi até 2016

Até as Olimpíadas 2016, a previsão é de R$ 360 milhões de investimento na ampliação e modernização das instalações fabris, aplicação de novas tecnologias e treinamento de mão de obra da indústria ferroviária brasileira. Quem afirmou foi o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, no dia 27 de maio, durante reunião do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Segundo ele, até 2020, a quantidade de carros sobre trilhos para ageiros deve dobrar, de 2 mil para 4 mil.
 
Segundo Abate, o setor ferroviário não possui o investimento necessário pois sofre com a falta de projetos o que resulta em encarecimento e demora na execução de obras. “Vontade política existe, recursos existem, às vezes o que faltam são projetos. O ideal é a criação de um banco de projetos para que, quando existir necessidade, lançar mão de projetos e aceleremos o processo”, destacou.
 
Para o presidente da Abifer, o principal desafio da indústria atualmente é primeiro aproveitar o conteúdo local o máximo possível para a geração de emprego e renda no Brasil. “Em seguida, podemos promover a expansão do transporte ferroviário de carga e de ageiros, ou seja, ações do setor privado junto ao governo para que esse transporte cresça com sustentabilidade”.
 
O presidente do Conselho, Eduardo Rebuzzi, ressaltou que todos os modais têm sua importância dentro dos transportes. Deste modo, não se pode ter uma matriz de transporte totalmente desiquilibrada.
 
“Precisamos que todos os modais se desenvolvam e se integrem. Para que o porto funcione, por exemplo, os modais ferroviário, aéreo e rodoviário têm que funcionar muito bem, pois temos carga para todos os tipos e para cada tipo de modal. Hoje percebemos o ressurgimento na indústria ferroviária no Brasil, isso é muito importante para que se tenha um país crescendo em bases mais sólidas. Não podemos, no incremento logístico da infraestrutura nacional deixar as ferrovias de fora”, concluiu.

Fonte: ACRJ