Imagine ficar preso no vão da plataforma segundos antes do trem partir. Ou o carro ficar esmagado com você dentro. Ou um bebê que é arremessado para fora do veículo durante um acidente. Situações de alto risco mas que tiveram finais surpreendentes.
O vídeo acima mostra imagens das câmeras de segurança de uma estação de trem, na cidade de Perth na Austrália. Era quarta-feira(6) da semana ada, às dez para as nove da manhã o trem chega e as pessoas começam a entrar. Na fila estava Andy, que coloca a perna direita no vagão e a esquerda cai no vão entre a plataforma e o trem. Ele fica preso.
O ageiro que está atrás vê e rapidamente chama socorro. Em segundos um funcionário da estação aparece. Várias pessoas ajudam, mas ele continua preso.
Camilla estava perto e viu tudo. O Fantástico conseguiu localizar a Camila, que é brasileira.
Pela internet, ela contou como os funcionários orientaram os ageiros a ajudar Andy.
“Eles pediram para os ageiros que estavam dentro daquele vagão para ir para o lado oposto, para fazer um contrapeso. Para que eles tentassem puxar, mas não deu certo”, conta Camila Swenson, agente de intercâmbio.
As pessoas não desistem. Elas saem do vagão e começam a fazer força para empurrar o trem de nove toneladas.
Francis é outro brasileiro que estava na estação. Ele aparece nas imagens ajudando. Falamos com ele por telefone.
“Na primeira, o trem não movimentou muito bem. Na segunda, sim, foi possível. O trem se movimentou esses dez centímetros e o rapaz foi socorrido”, conta o brasileiro.
A gravação não mostra o momento em que Andy é retirado. Ele saiu depois de ar 11 minutos preso.
Em entrevista à TV australiana, Andy, que tem 29 anos e é aposentado por invalidez, não quis revelar o sobrenome. “Eu podia ter facilmente perdido a perna mas eu saí sem um arranhão. Foi um alívio. Eu fiquei muito feliz de sair dali”, diz Andy.
Miguel tem apenas dois anos, mas também escapou por um triz de um acidente grave que aconteceu em Álvaro de Carvalho, interior de São Paulo. Ele e o pai estavam em um carro que caiu em um barranco e capotou, no último dia 2. No acidente, Miguel foi arremessado para fora do carro, com cadeirinha e tudo.
O pai ficou desacordado. A criança começou a caminhar sozinha pela rodovia, à noite.
Até que dois homens que avam pelo lugar viram o menino e socorreram. “Já joguei o carro, já virei e fui socorrer. Não pensei em nada. Só pensei em tirar da situação que ele estava”, diz Natanael Nunes, pintor. O pai foi resgatado. Ele e o filho estão bem.
A outra história impressionante é a da Cláudia, de Iaras, também interior de São Paulo.
“Carro tá com 80 centímetros, como eu coube ali, nem eu conseguia explicar”, relembra Claudia Batista de Camargo, funcionária pública.
Ela dirigia em uma estrada atrás de um caminhão, que carrega cana-de-açúcar e pesa 45 toneladas. Parte do caminhão tombou em cima do carro dela. “Meu carro parecia de plástico não parecia que era de ferro, metal forte, parecia que era de brinquedo. O banco virou uma cama e eu tombei meu corpo pro lado”, conta Claudia.
O resgate durou duas horas. No hospital ela recebeu uma notícia surpreendente: os copos e os pratos que ela tinha comprado antes do acidente estavam todos no carro, intactos.
Claudia, Miguel e Andy podem se considerar pessoas de muita sorte. O australiano, no mesmo dia do acidente na estação, voltou para casa de trem. “Queria agradecer a todos os ageiros que ajudaram e acabaram se atrasando para seus compromissos pararam para empurrar o trem e me soltar dali. Muito obrigado mesmo”, agradece.
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