As exportações brasileiras tiveram em outubro a menor queda do ano na comparação em valor com o mesmo período de 2014.A freada da retração nas vendas externas (de 4,1% no mês ado na média diária) contribuiu para o superávit comercial de US$2 bilhões, o maior para outubro em quatro anos.
Para o governo, a estabilidade recente dos preços das commodities (matérias-primas que representam cerca de 50% do que o Brasil vende), após a forte queda verificada no segundo semestre de 2014, vai sustentar um desempenho favorável da exportação nos próximos meses.
Nos dez primeiros meses deste ano, o valor das exportações teve retração de 16,4%, refletindo, principalmente, a queda dos preços de produtos básicos como minério e soja. No mesmo período, o volume total exportado subiu 9%.
“O efeito preço vem se dissipando”, disse Herlon Brandão, diretor do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). “A redução das exportações deve ser bem menor [daqui para frente]. ”
No recorte por mercado consumidor, as exportações para a China tiveram o melhor desempenho, com aumento de 32% na comparação com outubro de 2014.
Segundo Brandão, o crescimento se explica pelo fato de os embarques de soja para o país asiático continuarem elevados mesmo no momento atual de entressafra. O Brasil colheu neste ano um volume recorde do grão.
As vendas do país para a Argentina, outro importante mercado consumidor, tiveram o primeiro crescimento na comparação anual desde 2013. A alta, no entanto, foi modesta, de 0,7%, e o Mdic afirma que ainda é cedo para falar em retomada.
IMPORTAÇÕES
A retração das importações também desacelerou em outubro, mas ainda foi determinante para a melhora do saldo da balança comercial.
Afetadas pela retração da atividade econômica e pela alta do dólar, as importações caíram 21% em outubro, somando US$ 14,1 bilhões. No mês anterior, a queda foi de 33% na comparação anual.
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