O leilão para venda da fatia de 24,4% da construtora OAS na Invepar, empresa dona de concessões como o Aeroporto de Guarulhos, o Metrô Rio e a Linha Amarela, não teve interessados. As regras do plano de recuperação judicial da construtora preveem que, neste caso, seria aprovada automaticamente a oferta dos credores da construtora. Mas, antes disso, os demais acionistas da Invepar, os principais fundos de pensão do país, podem exercer o chamado direito de preferência e elevar sua participação na empresa.
Com este desfecho, a empresa está mais próxima de ficar exclusivamente nas mãos de Previ (de funcionários do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e Petros (da Petrobras).
“Antes da homologação da proposta vencedora, deve- se dar aos acionistas da Invepar a oportunidade de exercício do direito de preferência”, diz o documento.
Inicialmente, a OAS tentou vender sua participação para a gestora Brookfield. Apesar de inúmeras tratativas, ela acabou retirando sua proposta. De acordo com fontes a par das negociações, a gestora exigia ter maior interferência na governança da companhia.
Em entrevista ao Globo na última semana, Carlos Caser, presidente da Funcef, o fundo de pensão dos Funcionários da Caixa Econômica Federal, já tinha indicado que os fundos de pensão poderiam aumentar sua participação.
Na ocasião, ele afirmou, ainda, que, inicialmente, todos os fundos teriam participação igual, mas ressalvou que a questão ainda não havia sido definida.
O leilão, marcado para a última segunda-feira, envolveria a venda de 35.764.281 ações ordinárias e 69.117.380 preferenciais da empresa que opera concessões públicas, e o preço mínimo seria de R$ 1,35 bilhão.
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