Previsto para ocorrer até o final do primeiro semestre de 2016, o início da operação entre as três primeiras estações de metrô da Linha 2 (o Norte, Detran e Rodoviária) foi adiado para setembro de 2016.
De acordo com o presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Eduardo Copello, a alteração do cronograma foi motivada pelos ajustes de trânsito na região da rodoviária. A informação foi divulgada durante visita dos órgãos de mobilidade e da imprensa aos canteiros de obras na manhã desta terça-feira (8).
“O prazo atual de chegar à rodoviária, de liberar a rodoviária para operação, é no mês de setembro. Pode ser que consigamos liberar um pouco antes aquele trecho do Detran. Os ajustes das faixas exclusivas de ônibus, os trajetos dos ônibus, a relocação dos pontos de ônibus [motivaram a mudança]. Então, isso tudo está sendo feito com extremo cuidado para que os impactos, porventura no trânsito, sejam minimizados”, contou.
O secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur), Carlos Martins, ressalta que tem uma expectativa mais otimista sobre o prazo.
“A parte mais complexa da Linha 2 é justamente esse trecho do o Norte até Pernambués. Nesse trecho, você vai conviver com o trânsito, tráfego intenso e ao mesmo tempo com a via exclusiva de trânsito. Na realidade, esta obra estaria mais adiantada se não fossem os cuidados necessários com aquela região onde tem o fluxo intenso. Ele [presidente da CTB] está dando uma versão mais conservadora [do prazo]. Eu acho que em julho nós teremos o Detran e, em setembro, além de ter a Rodoviária eu vou ter outras. Provavelmente, até o CAB eu terei em setembro”, estima.
Apesar do adiamento do prazo, a CCR Metrô Bahia, responsável pelas obras, afirma que a construção das estações da Linha 2 estão bastante avançadas. A Estação o Norte está com 90% das obras concluídas, Detran 50%, Imbuí 35% e CAB 25%.
Preocupação
Localizada entre a rodoviária e o bairro do Imbuí, a construção da Estação Pernambués preocupa os orgãos e empresas de mobilidade envolvidos nos trabalhos.
“Na região de Pernambués ainda faltam definições junto à Secretaria de Mobilidade da Bahia (Semob) e a Transalvador. Está tudo definido no projeto e na frequência de execução, mas nós precisamos enfrentar as mudanças que precisamos fazer ali [alguns desvios e mais uma modificação na via exclusiva de trânsito]”, ressalta o presidente da CCR Metrô, Luís Valença.
Valença acrescenta que obras na região foram iniciadas em janeiro, mas nem todas licenças de intervenções viárias foram liberadas. “A estação Pernambués a gente começou praticamente no mês de janeiro. Então, nós temos praticamente dois meses de obras e não temos toda área liberada. Hoje, a gente ocupa o canteiro da via exclusiva e na frente do Makro [mercado], mas essa é apenas a faixa central da estação. Precisamos das faixas laterais da estação”, diz.
O presidente da CCR destaca a urgência das liberações. “Se a gente não conseguir autorização rapidamente, a gente seguramente vai ter essa situação triste que é toda linha da Paralela pronta – a estação, os trilhos, a eletrificação e o trem -, sem poder avançar porque a gente não vai conseguir cruzar com trem na região de Pernambués”, detalha.
Mudanças
Com obras do metrô na Avenida Paralela, o monumento Luís Eduardo Magalhães será deslocado para o Centro istrativo da Bahia (CAB). “O monumento vai para o canteiro do Centro istrativo, em frente à Assembleia Legislativa”, detalhou o presidente da CCR, Luís Valença. O espaço de instalação previsto está localizado na região do monumento Ayrton Senna.
Segundo Valença, o processo deve ser iniciado nas próximas semanas, após término de negociações com a família Magalhães. “Vamos garantir todas as características originais” afirma Valença. Além da transferência do monumento, o presidente da CCR Metrô destaca o fim dos semáforos, faixas de pedestres e retornos de nível em toda a avenida.
“Não vai ter retorno nenhum em nível no canteiro central. Todos serão feitos pelas vias marginais [por meio de viadutos], pela via da direita, que está afastada do centro da avenida, cruzando a Paralela de um lado para o outro. Nós teremos no final da obra, somando com todas as obras que já estão em curso na Paralela, nove retornos no sentido Centro-Aeroporto e sete retornos no sentido contrário. Os viadutos serão feitos nas laterais, o que vai permitir que os veículos que querem fazer o retorno já fiquem na direita, local de baixa velocidade, entrem no retorno, em pelo retorno e ingressem do outro lado na faixa de baixa velocidade”, detalha.
Conforme a CCR Metrô Bahia, até o final do ano de 2016 o metrô irá chegar até a Estação Mussurunga. A previsão é de que todo o modal, que vai até Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, seja concluído até meados de 2017. Ao todo, 22% das obras estão concluídas.
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