Minério inicia ano em alta e acumula valorização de 7,1%

Ainda
sustentado pela contínua percepção de que a China vai necessitar de mais
minério de ferro para suas siderúrgicas em 2018 – e com a promessa de
disciplina de oferta se mantendo durante o ano -, a matéria-prima do aço engatou
cinco dias seguidos de alta dos preços no mercado à vista.

O minério
chegou ontem ao maior valor desde 5 de setembro, depois de subir 1,2% no dia,
para US$ 77,74 a tonelada. A referência é o produto com concentração média de
62% entregue no porto chinês de Qingdao, cuja cotação é medida pela “Metal
Bulletin”.

Os últimos
movimentos positivos da commodity refletem o otimismo ainda forte dos
investidores sobre as matérias-primas. Não só o minério à vista, que depende
muito da demanda chinesa, como também os metais não ferrosos têm registrado
valorização desde o começo do ano.

Em
relatório, o Itaú BBA diz que o cenário é favorável para as commodities
industriais, depois de um bom 2017 – com valorização ou quedas bem mais leves
do que desde o fim do superciclo. O minério se beneficia da racionalização da
capacidade produtiva siderúrgica na China e dos esforços do governo local para
conter a poluição, o que tem reforçado a preferência por um insumo de maior
qualidade – como o da Vale, diz o texto.

Durante o primeiro
mês do ano até agora, a commodity acumula ganhos de 7,1%. Se confirmada a alta,
seria o terceiro mês seguido de avanço para o insumo. A cotação média do
período atinge US$ 76,15, a maior em um ano e 6,6% acima de 2017.

Para o
alemão Commerzbank, apesar de as siderúrgicas da China terem diminuído a
capacidade produtiva disponível desde 2016, a expectativa ainda é de aumento na
produção neste ano – o que significa maior consumo de minério. A consultoria
Capital Economics lembra que a busca dos chineses por matéria-prima de maior
qualidade provavelmente continuará impulsionando as importações.

Já o Itaú
diz que o preço do aço deve se beneficiar dessa contenção na China, mantendo as
margens das siderúrgicas altas e, consequentemente, maior poder de precificação.
Para o minério, o efeito é relativamente neutro, mas as maiores mineradoras já
reforçaram a intenção de priorizar valor, e não volumes – comprometendo-se a
desacelerar o fornecimento ao resto do mundo, se necessário.

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