O transporte sobre trilhos em São
Paulo apresentou 48 falhas nos dias úteis de janeiro deste ano. Mês com menor
demanda por causa das férias escolares. Nas datas em que houve falhas, foram
registradas em média três por dia no metrô, na TM, ou nos dois. Os dados
foram obtidos nos sites oficiais das empresas, em um acompanhamento diário da
CBN.
Na avaliação do Consultor em
Engenharia Urbana Luiz Célio Bottura, é ‘significativo. Ainda mais que, por
coincidência, acontece nos horários de pico, aonde o maior número de pessoas
precisam do sistema. Se fosse melhor mantido, este número poderia cair talvez a
um terço ou um quarto deste valor’.
Entre as linhas da TM, a 7-Rubi é a
pior no ranking: apresentou nove falhas. No metrô, a pior linha foi a 1-Azul,
com dez falhas em janeiro, quatro delas somente no dia 3.
Grande parte dos registros ocorreu em
horário de pico. Em todos eles houve transtornos aos usuários, desde lentidão
no percurso e maior tempo de espera nas estações, até o uso do Paese para
garantir o percurso. A maioria dos motivos apontados pelas empresas foi problemas
nos trens ou nas vias.
Para o especialista, isso indica a
necessidade urgente de rever a manutenção que é feita nos equipamentos.
‘O plano de manutenção tem que ser
levado mais a sério. Na frequência, na escolha do executor. Ttem que ser gente
com experiência. E sempre que possível modernizá-lo. Um trem tem uma vida útil
muito grande, se ele for bem mantido’.
A Secretaria de Transportes
Metropolitanos discordou da análise feita pela CBN, pois considera que, das 48
falhas registradas no site, somente nove eram graves a ponto de demandar
acionamento do sistema de ônibus do Paese. O governo alega que investiu mais de
R$ 3 bilhões na renovação da frota nos últimos anos. Na TM, 32 novos trens já
entraram em operação e 33 devem ser entregues até o fim deste ano. No metrô,
foram investidos mais de R$ 1 bilhão na modernização e reforma de 98 trens.
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Metrô de SP afeta circulação de trens
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