Antecipação da renovação de concessões impulsionaria produção agrícola

A antecipação da renovação das
concessões das empresas que exploram o transporte ferroviário no País, que
vencem nos próximos 15 anos, daria um grande impulso à produção agrícola. É
esta a opinião de Igor Figueiredo, gerente geral de agronegócio da VLI
Logística, e de Alessandro Gama, gerente geral do Tiplam, terminal da VLI no
Porto de Santos, em São Paulo. “Achamos que é fundamental para o Brasil a
antecipação”, diz Figueiredo. “O investimento em infraestrutura gera retorno
direto para o campo.” A VLI istra, entre outras concessões, a Ferrovia
Centro Atlântica, cujos 8 mil quilômetros interligam sete Estados e o Distrito
Federal.

A prorrogação da concessão, por 30
anos, destravaria investimentos da companhia, que já aplicou R$ 9 bilhões em
toda a sua malha nos últimos três anos. “Isso é bom para o país porque começa a
ter visão de longo prazo para futuros investimento de infraestrutura em geral”,
diz Gama. “O Brasil no campo tem tudo para ser o maior produtor de soja do
mundo. E a atuação da VLI é destravar o potencial que o campo tem.”

Segundo Gama, um bom exemplo do
impulso que a logística proporciona no campo é a Ferrovia Norte Sul, que a
companhia istra entre Porto Nacional (TO) e Açailândia (MA), cujo
transporte incentivou os investimentos na produção agrícola da região conhecida
como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). “Nessa região a
infraestrutura veio antes da produção e funcionou como indutor da produção
agrícola”, argumenta Figueiredo.

A VLI também tem interesse em ampliar
sua participação na Norte Sul. Está para ser publicado o edital de leilão e
licitação do trecho entre Porto Nacional (TO) e Anápolis (GO) e a Extensão Sul,
entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP). Empresas estrangeiras,
como a chinesa CCCC e a russa RZD, teriam interesse. Figueiredo nega que a VLI
tema a concorrência com companhias estrangeiras, explicando que a própria
formação de capital da companhia tem participação de corporações estrangeiras:
além de Vale (37,6%) e FI-FGTS (15,9%), participam do quadro acionário o fundo
canadense Brookfield (26.5%) e a japonesa Mitsui (20%).



“Trabalhamos com parceria entre governos e iniciativa privada. O
investimento em infraestrutura é sempre positivo”, diz Figueiredo. “O capital
estrangeiro é bem-vindo. E, se for bem aplicado dentro de um plano estratégico
para o País, isso é favorável”, complementa Gama, que rebate acusações de que
haja um cartel no setor ferroviário. “Isso é um equívoco. A malha é limitada,
disputada por várias empresas, que pagam para trafegar na concessão de outra
empresa. O importante é ter eficiência e gerar volume.”

 

– Fonte: https://revistagloborural.globo.com/Colunas/caminhos-da-safra/noticia/2018/04/antecipacao-da-renovacao-de-concessoes-impulsionaria-producao-agricola.html


Fonte: Globo Rural

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