O azul
pálido deu lugar a um tom royal mais vibrante, com detalhes em amarelo
chamativo. A recriação do uniforme dos funcionários do Metrô de São Paulo, com
um modelo mais jovem e de maior visibilidade nas estações, é uma das mudanças
que serão notadas pelos usuários como parte da comemoração dos 50 anos de
criação da empresa.
Outra
novidade são os bilhetes comemorativos, em homenagem a pontos históricos da
capital paulista, e novos terminais de autoatendimento —alternativa às longas
filas das bilheterias da rede sobre trilhos superlotada e alvo de atrasos para
ser expandida.
As novas
fardas dos funcionários foram pensadas para facilitar o trabalho. Nas camisas e
calças, há mais bolsos e compartimentos para que caneta, crachá e rádio
comunicador possam ser guardados, deixando a circulação e os movimentos mais
livres.
O design foi
feito a partir de consultas aos metroviários, que sugeriram algumas mudanças na
atual vestimenta, desenvolvida há dez anos.
“A gente
quis adaptar o uniforme a um conceito de atendimento de aeroporto, com
modelagem mais sofisticada, sem perder a funcionalidade. São tecidos mais
modernos, com acabamento antimicrobial e proteção UV”, disse Ligia Fischer,
coordenadora de comunicação visual do Metrô.
As roupas
têm pequenas variações de acordo com a categoria: atendimento, funcionários dos
trens, jovens aprendizes e seguranças. Elas ganharam tons mais chamativos de
azul, para facilitar a identificação pelos ageiros.
A exceção
são os seguranças, que continuam de preto. Segundo Ligia, a população já está
acostumada a reconhecer esses funcionários pela cor do uniforme, mas ele ganhará
detalhes em verde pistache, para tornar mais fácil a visualização na multidão.
A nova farda
será entregue inicialmente aos trabalhadores da estação Sé, a partir desta
semana. Os demais devem receber a versão modernizada até outubro.
Questionado
sobre os custos da troca, o Metrô afirma que ainda não tem a estimativa, visto
que a substituição ocorrerá progressivamente.
Os bilhetes
comemorativos lançados neste aniversário de meio século do Metrô homenageiam
pontos históricos de São Paulo, como o Masp e o Theatro Municipal.
Eles são
vendidos em máquinas especiais, e não nas tradicionais bilheterias.
No momento,
há 30 aparelhos instalados nas estações Vila Madalena, Sumaré, Clínicas,
Trianon-Masp e Consolação, mas a empresa afirma que, em breve, outras 120 máquinas
serão disponibilizadas ao longo das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha.
Nos
terminais de autoatendimento, os usuários podem adquirir os bilhetes mediante
pagamento em dinheiro —cartões não são aceitos. Segundo o Metrô, as máquinas
possuem um sistema inteligente de fornecimento de troco e, outra novidade,
podem realizar o atendimento em português, inglês e espanhol.
Os bilhetes
comemorativos, diferentemente dos tradicionais, têm um sistema de segurança
mais sofisticado, com marcas-d’água e esquema de impressão especial, que
dificulta a falsificação. O método utilizado é parecido com o das cédulas de
dinheiro.
Quando
exposto à luz negra, por exemplo, o bilhete com a ilustração da praça da Sé
revela a imagem do Marco Zero.
Coordenador-geral
do sindicato dos metroviários, Wagner Fajardo afirma que a entidade está
avaliando a experiência com as máquinas, mas diz ver por trás da iniciativa uma
intenção clara da empresa de substituir postos de trabalho das bilheterias
pelos terminais.
Questionado,
o Metrô afirmou que não há planos para que as máquinas de autoatendimento
substituam as bilheterias tradicionais e que a ideia é que sirvam só como opção
extra, evitando filas. Para desenvolvimento e implantação dos 150 terminais, a
empresa gastará R$ 24 milhões.
NA ESTREIA,
EM 1972, METRÔ VIAJOU ENTRE A SAÚDE E O JABAQUARA
A Companhia
do Metropolitano de São Paulo, que gere a rede de metrô, foi fundada em 24 de
abril de 1968, sob gestão municipal, para que desse início à construção do
sistema de transporte.
Na época, o
prefeito era o brigadeiro José Vicente Faria Lima. Mais tarde, em 1978, a
empresa ou para o controle do governo do estado.
As obras da
linha 1-azul do metrô, a primeira de São Paulo, foram iniciadas meses depois da
fundação da companhia. A primeira viagem de trem, por sua vez, foi realizada em
1972, entre as estações Jabaquara e Saúde, na zona sul. O trecho entre as
estações Jabaquara e Vila Mariana só foi inaugurado comercialmente dois anos
depois, em 1974.
Hoje, o
metrô de São Paulo tem cinco linhas, uma delas (4-amarela) sob concessão
privada. São 81 km de trilhos, distribuídos em 71 estações.
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