Durante uma
entrevista na manhã desta terça-feira à rádio Vila Real, o governador Pedro
Taques (PSDB) culpou os políticos que escolheram o Veículo Leve sobre Trilhos
(VLT) como modal para a Copa do Mundo, voltou a citar sua atuação na prisão de
João Arcanjo Ribeiro e disse que não teme a Comissão Parlamentar de Inquérito
(I) dos Fundos, onde sua istração é investigada.
Taques
afirmou que a população não deve responsabilizar o seu governo, mas sim o
anterior, por conta da indefinição da retomada das obras do VLT. O governador
inclusive citou que ou dois anos e meio buscando um acordo com o consórcio
responsável pela obra, negociação que parou após a deflagração da Operação
Descarrilho.
“amos
dois anos e meio buscando acordo com o consórcio. Quando estávamos prontos para
o acordo, veio a Operação Descarrilho em abril do ano ado, que
demonstrou que o consórcio pagou para determinados servidores públicos. Fomos
então impedidos de terminar a obra através do consórcio. A culpa é do Pedro
Taques? A culpa é de quem roubou o dinheiro do VLT. A culpa é daqueles que foram
a Portugal e trouxeram o VLT no bolso. A culpa é daqueles que montaram empresa
fantasma para fazer o trilho”, acusou Taques.
O governador
lembra que o rótulo de corrupto não lhe cabe e voltou a citar sua atuação na
prisão do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso em 2003 e que no início de
março deste ano, obteve a progressão de pena para o regime semiaberto. Taques
era procurador da república na ocasião e comentou que por conta de sua luta
contra a corrupção, enquanto esteve no Ministério Público Federal, chegou a
correr risco de vida.
“Eu luto
contra a corrupção neste Estado há 25 anos. Quem expôs a vida a risco de morte
foi eu e minha família, para prender Arcanjo. Infelizmente muitos bacanas que
estavam com ele, ainda estão aí, livres, leves e soltos. Um dia desses fui a um
hotel e vi um deles com um carro zero, com cem processos. Segundo as contas do
Ministério Público, roubou R$ 500 milhões do Estado e nada ocorre. Isso também
me deixa indignado, como qualquer cidadão”, disse.
Questionado
sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (I) que investiga o uso indevido de
Fundos constitucionais, como o Fundeb, da Educação Básica, e o Fethab, de
habitação e transportes, Taques afirmou que chegou a recomendar ao líder do
governo na Assembleia Legislativa na ocasião, o deputado estadual Dilmar Dal
Bosco (DEM), para que assinasse a I.
“A I é um
instrumento do Poder Legislativo e nós recomendamos ao nosso líder, na ocasião,
que era o deputado Dilmar, para a I. Não devo nada. Quando se fala em
desvio de Fundeb, para que o cidadão entenda, não é para o bolso do governador.
É desvio para saúde, para a educação, para a segurança. Isso que eles estão
alegando. Não concordo com isso e será demonstrado. Estou absolutamente
tranquilo. Não temo fiscalização. Já tivemos casos em que mudamos coisas que
estavam erradas após sermos fiscalizados. Quem tem que ter receio de
fiscalização é quem está fazendo coisa errada e roubando dinheiro do cidadão”,
completou.
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