Na esteira da greve dos caminhoneiros, o
Sindicato dos Metroviários de São Paulo prepara uma paralisação para pressionar
contra a concessão do Monotrilho, a Linha 15-Prata, do Metrô. Foi aprovada, em
assembleia realizada nesta quarta-feira, 6, uma “agenda de lutas”
contra a “privatização e terceirização” da classe.
O evento dessa quarta foi marcado por
baixa adesão – havia cerca de 100 pessoas na sede do sindicato – e pelo
discurso de aproveitar a crise provocada pela greve dos caminhoneiros.
“Esse é um momento importante”, disse Altino Prazeres, um dos
diretores da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro). “Vamos aproveitar
para fazer a nossa greve, mas com debate ideológico com a sociedade.”
Por votação unânime, os metroviários
convocaram nova assembleia para o dia 19, para votar a paralisação prevista
para o dia 26. Nesse mesmo dia, deve ser realizada a concorrência da concessão
do Monotrilho.
Também foi aprovado um ato para a
próxima semana, no dia 13, por reivindicações internas dos funcionários. Na
pauta, está o fim de horas extras de operadores do Metrô e a oposição à
transferência de funcionários da Linha 5-Lilás.
Na quinta-feira, 7, os metroviários vão
distribuir uma “carta-aberta” nas Estações Barra Funda, Luz, Itaquera
e Jabaquara. “Greve dos caminhoneiros escancara problemas das
privatizações” é o mote.
“Precisamos ir mobilizando os
companheiros para a luta, para que no dia 19 tenhamos uma sede cheia para a
votação da greve”, disse Wagner Fajardo, um dos diretores do sindicato.
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