Dois lotes portuários ficam sem proposta

SÃO PAULO –
O governo sofreu um forte revés no programa de concessões de portos ao receber
proposta para apenas uma das três áreas com leilão marcado para sexta-feira.
Conforme apurou o Valor, a Suzano foi a única que apresentou proposta pelo
arrendamento de um lote no porto do Itaqui (MA) destinado à movimentação de
celulose.

As duas
outras áreas, ambas no porto de Paranaguá (PR), não atraíram interessados. Uma
é destinada à movimentação também de celulose; a outra é para veículos.
Procurada, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável
pela realização do leilão, não se posicionou sobre a informação obtida pelo
Valor e informou que a realização do leilão está mantida.

A janela
para entrega dos envelopes ocorreu das 10 horas às 13 horas de ontem, na B3,
onde será aberta a oferta de preço.

A empresa
Klabin estudou fazer proposta pelo arrendamento de Paranaguá, já que produz a
carga em plantas no Estado próximas ao porto, mas desistiu porque não viu
viabilidade econômica. Pesou, sobretudo, a revisão pelo poder concedente do
custo médio ponderado do capital do projeto, para 8,03%.

No caso do
terminal de veículos, havia expectativa de interesse por parte de operadores
especializados na logística de montadoras para atender a Renault.

Conforme o
edital, o lote de Itaqui tem área de 53.545 metros quadrados e investimentos
previstos de R$ 214,8 milhões. Para explorar a área, o arrendatário
desembolsará uma taxa mensal fixa de R$ 48,5 mil e R$ 1,18 por tonelada
movimentada. Os valores previstos no edital serão reajustados pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a cada 12 meses contados a partir da
data-base.

O
arrendamento será válido por 25 anos prorrogáveis até o limite de 70 anos,
conforme regra prevista no Decreto dos Portos, de 2017.

e a oferta da
Suzano estiver de acordo com as regras, a empresa arrematará um lote
estratégico para sua cadeia verticalizada. A empresa construiu um ramal
ferroviário próprio de 28 quilômetros que sai da fábrica de Imperatriz (MA) e
se conecta à ferrovia Norte-Sul e, depois, à Ferrovia de Carajás, para
escoamento da celulose para o mercado internacional a partir do porto de
Itaqui.

A fábrica de
Imperatriz entrou em operação no fim de 2013 e produz 1,65 milhão de toneladas
por ano de celulose de eucalipto. Procurada, a Suzano não comentou.

A área de
Paranaguá para movimentação de celulose tem 27.530 metros quadrados. O
investimento previsto no edital é de R$ 87 milhões. Já o arrendamento para
terminal de veículos tem 170,2 mil metros quadrados e investimento de R$ 80,1 milhões.

 

– Fonte: https://www.valor.com.br/empresas/5684189/dois-lotes-no-porto-de-paranagua-ficam-sem-oferta-suzano-quer-itaqui


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