Ao menos 37% das obras físicas da estação Vila Sônia, da linha 4-Amarela do Metrô, e do terminal de ônibus estão concluídos.
A informação é do presidente do Metrô, Silvani Alves Pereira, na manhã deste sábado, 27 de julho de 2019. Juntamente com outros portais de mobilidade, o Diário do Transporte esteve acompanhando o andamento das obras.
Silvani manteve a previsão de entrega do complexo para até o final de 2020.
“Desde o dia 11 de fevereiro, a programação que o Governador João Doria e o secretário de transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, nos pediu, foi que essa obra seja entregue até 2020 e esse é o cronograma. Estamos trabalhando para isso e aqueles pontos onde tenha dificuldades vamos nos esforçar para que a gente possa tratar a tempo para que o projeto seja entregue à população dentro da nossa programação” – disse.
O engenheiro chefe de departamento, Jelson Siqueira, explica que também os trabalhos na estrutura da estação estão avançando.
“Toda a execução do tratamento provisório [contenção de terreno] já está pronta e já foi iniciada a estrutura definitiva. (.) [de um dos lados] a escavação e contenção provisória já estão prontas e do outro lado já está escavando. Então, você somando tudo isso, estão concluídos 37% das obras físicas, não do ponto de vista financeiro” – explicou.
O volume de escavação é de 8.667 m³.
Os técnicos do Metrô explicaram o complexo de obras contempla um trecho que vai fazer parte da estação Vila Sônia. Quando o túnel chega à estação, foi necessário fazer um alargamento para o espaço dos trens e da plataforma.
Da estação até a região da rua Edmundo Lins, foi feito um “túnel de injeção”, que vai permitir o o dos trens para a operação. As composições vão vir do pátio por esse caminho.
O engenheiro chefe de departamento, Jelson Siqueira, também explicou como será a estrutura do terminal de ônibus
“São três níveis. No térreo, são dez vias de estacionamento, que já estão entregues e já estão até com a concessionária.No nível intermediário é [onde vai haver] o fluxo de pessoas, que vai ligar na arela da Eliseu de Almeida e no mezanino, já está começando a instalar piso e fazer as alvenarias das lojinhas e sanitários, estes que já estão até prontos. O nível superior é a cobertura que está praticamente com 80% prontos, tanto o piso definitivo do ônibus, como a cobertura” – explicou.
Esta é a última obra para que a fase II da linha esteja finalmente completa.
A do contrato de R$ 1,8 bilhão entre o Consórcio Isulox Corsán-Corviam e o Metrô de São Paulo ocorreu em novembro de 2012 e previa a construção das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, do terminal de ônibus na Vila Sônia, do pátio para trens também na Vila Sônia e de um túnel de quase dois quilômetros para fazer uma ligação para este pátio.
O prazo inicial para a conclusão do trecho era até 2016.
Entretanto, em julho de 2015, após atraso nos cronogramas, o contrato foi rompido.
Após uma nova licitação, as obras foram retomadas somente 12 de agosto de 2016.
O trecho, que em 2011, custava em torno de R$ 500 milhões, ficou na segunda licitação, 55% mais caro, chegando a aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
Os atrasos nas obras também geraram conflitos entre a concessionária da linha, ViaQuatro, controlada pela CCR e pelo grupo originário de empresas de ônibus, Ruas Invest.
O consórcio cobra do poder público a compensação financeira pelo que deixou de arrecadar porque o número absoluto de ageiros previsto na linha ainda não foi atingido devido a estes atrasos.
As dívidas do Governo do Estado com a ViaQuatro podem se aproximar de R$ 500 milhões.
Isso porque, além dos R$ 70 milhões calculados sobre o segundo trecho, a concessionária cobra na Justiça R$ 428 milhões por causa de atrasos na entrega da primeira fase, que também, segundo a Via Quatro, geraram desequilíbrios entre investimentos e receita previstos em contrato.
A situação é considerada risco fiscal pelo Estado.
Outro ime entre a ViaQuatro e o Governo do Estado é a sobreposição entre as linhas de ônibus e o trecho em operação da linha.
Em fevereiro de 2019, o presidente da ViaQuatro, Luís Valença, recebeu o Diário do Transporte em um encontro com portais de mobilidade, e disse que houve um descomo entre os prazos das obras e o encurtamentos dos trajetos dos ônibus.
“Tem uma discussão sim entre a concessionária e o Estado sobre os efeitos disso em relação ao descasamento dos prazos sobre o seccionamentos das linhas de ônibus.” – disse Valença.
Segundo o dirigente da Via Quatro, na ocasião, as entregas das estações não ocorreram conforme o cenário ideal previsto no contrato o que impediu as mudanças nas linhas de ônibus.
HISTÓRICO DE PARCERIA COM COBRANÇAS:
Problemas com empreiteiras e entraves em projetos fizeram com que a PPP fosse marcada por momentos que deixaram mais tensas as relações entre o público e o privado.
A concessionária cobra do Governo do Estado em torno de R$ 500 milhões por causa de um prejuízo que alega ter justamente pelo fato de a demanda prevista em contrato não ter sido alcançada ainda devido aos atrasos na conclusão das estações.
A ViaQuatro e Governo do Estado ainda discutem um valor de R$ 92 milhões (R$ 92.038.307,77) relativos a equilíbrio financeiro por causa de demanda de ageiros não atingida devido o atraso nas obras. Também são debatidos os impactos do ICMS sobre a importação de materiais ferroviários e obras em pátio.
O conflito é apontado também como possível risco fiscal.
Em 2014, foi assinado um aditivo contratual prevendo que a concessionária cobrasse do Governo do Estado este reequilíbrio caso as obras da segunda fase não ficassem prontas até 2018.
Segundo o aditivo, a possibilidade de cobrança é porque a ViaQuatro realizou investimentos na compra de trens, equipamentos e para mão-de-obra projetando uma demanda de ageiros que não se concretizou pelo fato de a linha não estar completa.
As obras da segunda fase atrasaram devido ao rompimento de contrato da PPP entre o Governo e um grupo internacional de construtores.
Em 2012, ocorreu a de contrato por R$ 1,8 bilhão com o Consórcio Isolux Corsán-Corviam e o Metrô para construção das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, o terminal de ônibus na Vila Sônia, o pátio para trens também na Vila Sônia e um túnel de dois quilômetros para fazer uma ligação para este pátio.
Mas, em julho de 2015, após mútuas acusações em relação aos cronogramas e respaldos técnicos para as obras, o contrato foi rompido.
Somente em agosto de 2016, as obras da segunda fase foram retomadas.
O trecho, que em 2011, custava em torno de R$ 500 milhões, ficou na segunda licitação, 55% mais caro, chegando a aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
As dívidas do Governo do Estado com a ViaQuatro podem se aproximar de R$ 500 milhões.
Isso porque, além dos R$ 70 milhões calculados sobre o segundo trecho, a concessionária cobra na Justiça R$ 428 milhões por causa de atrasos na entrega da primeira fase, que também, segundo a Via Quatro, geraram desequilíbrios entre investimentos e receita previstos em contrato.
CRONOLOGIA SEGUNDO TRECHO DA LINHA 4 AMARELA DO METRÔ:
– Novembro de 2012: de contrato por R$ 1,8 bilhão com o Consórcio Isulox Corsán-Corviam e o Metrô para construção das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, o terminal de ônibus na Vila Sônia, o pátio para trens também na Vila Sônia um túnel de dois quilômetros para fazer uma ligação para este pátio
– Julho de 2015: Rompimento de contrato entre Metrô e Consórcio Isulox Corsán-Corviam por atraso nas obras. Metrô e Consórcio trocam acusações.
– Novembro de 2015: Metrô abre nova licitação para este trecho.
– 17 de março de 2016: TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo suspende licitação para analisar questionamentos de construtora interessada sobre edital.
– 30 de março de 2016: TCE julga improcedentes os questionamentos e autoriza o andamento da licitação.
– 06 de abril de 2016: Metrô recebe propostas.
– 07 de junho de 2016: Metrô declarada como vencedor o Consórcio TC-Linha 4 Amarela, formado pelas empresas TIISA – Infraestrutura e Investimentos S/A e COMSA S/A. A proposta foi de R$ 858.743.546,73
– 12 de agosto de 2016. As obras da segunda etapa da Linha 4 Amarela são retomas pelo consórcio vencedor. Na ocasião, o governo do Estado prometia as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire para o final de 2017.
– 23 de janeiro de 2018: Abertura da estação Higienópolis-Mackenzie.
– 04 de abril de 2018: Inauguração da estação Oscar-Freire de forma incompleta. Só foi aberto o o no lado ímpar da Avenida Rebouças. O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, na ocasião, disse que havia diferença de solo entre um lado e outro da avenida. “Ao escavar, verificamos um solo mais mole do que o esperado quando fizemos o projeto. Estamos tendo que escavar com mais cuidado. O fundamental é garantir a segurança, não só do usuário, mas do entorno da estação, então vamos trabalhar devagar, mas permanente para que no segundo semestre possamos entregar o segundo o. Agora, as pessoas vão ter que fazer a ultraagem da Avenida Rebouças para poder pegar o metrô no o principal” – disse Pelissioni.
Seja o primeiro a comentar