PowerChina fará expansão do Metrô de SP

O grupo chinês PowerChina assinou um acordo com o governo paulista para assumir as obras da empreiteira Mendes Júnior na expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo. A entrada dos chineses destrava a retomada da construção, que deverá ter início no primeiro semestre de 2020, segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy. Essa era a nossa maior preocupação. Sem essa tratativa entre os grupos, não haveria viabilidade para a retomada das obras nos demais lotes, afirmou ao Valor.

O projeto do governo paulista é prolongar a linha, que atualmente conecta a Vila Madalena, na zona oeste da capital, até a Vila Prudente, na zona leste. O objetivo final é chegar até a Vila Prudente, na zona leste. O objetivo final é chegar até Guarulhos. No entanto, em uma primeira etapa, a expansão será feita até a estação Penha, onde haverá conexão com a linha 3-Vermelha.

O empreendimento foi licitado em 2014 pelo governo paulista. À época, a Mendes Júnior ficou com quatro dos oito lotes em que a construção foi dividida. No entanto, diante das restrições orçamentárias do Estado, os planos foram suspensos. O cenário mudou apenas em junho deste ano, quando o governador João Doria (PSDB) anunciou que retomaria as obras.

O problema é que, desde então, a empreiteira, que ficara responsável pela maior fatia do contrato, entrou em grave crise, em meio aos escândalos da Lava Jato.
Agora, com o acordo, o grupo chinês entrará no consórcio, garantindo a capacidade financeira para concluir o empreendimento. Os três contratos da Mendes Júnior cujas obras serão retomadas em 2020 somam cerca de R$ 1,5 bilhão, a valores de 2014. Há ainda um quarto lote, de R$ 600 milhões, que ficou para a segunda etapa do projeto, quando a linha chegar a Guarulhos.

A reportagem não conseguiu contato direto com a Mendes Júnior. Procurado, o advogado responsável pela recuperação judicial do grupo afirmou que não estava a par das conversas.

A do acordo foi realizada na segunda-feira, com a presença de Doria, Baldy e executivos globais do grupo chinês – entre eles o presidente da PowerChina International, Ding Zhengguo – além de representantes da Mendes Júnior.

As desapropriações dos terrenos por onde a linha ará já foram concluídas até a altura da estação Penha. Os projetos executivos desses trechos estão sendo conduzidos desde junho deste ano, e, segundo Baldy, ficarão prontos a tempo da retomada na primeira metade de 2020.

A projeção inicial dada pelo governador era de que haveria uma conclusão até 2025. O secretário, porém, evita cravar uma data para a entrega das obras enquanto os estudos não estiverem finalizados.

Existe a possibilidade de fazer [a entrega] por trechos. Sabemos que há uma apreensão em saber o cronograma, mas ainda estamos definindo se é viável fazer inaugurações parciais. Tudo isso está sendo analisado, diz.
Em relação ao segundo trecho do projeto, que levaria a linha de metrô até Guarulhos, Baldy afirma que já foram retomadas as negociações para a desapropriação dos imóveis – até agora, apenas 20% do terreno foi liberado, mas ainda não há previsão para as obras.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/12/11/powerchina-fara-expansao-do-metro-de-sp.ghtml

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