No ano em que a Revista Ferroviária nascia no Brasil, em 1940, a Cavan – hoje uma das principais fabricantes de dormentes de concreto para ferrovias – chegava ao país, trazida pelo empresário belga Jean Baptiste Deffense. Diferentemente da RF, no entanto, sua relação com o setor ferroviário não se deu de início. Instalada em Osasco, em São Paulo, a fábrica era especializada na produção de postes de concreto, estruturas para linhas de transmissão, subestações e um vasto leque de produtos de concreto armado e protendido.
Em pouco tempo, ou a fornecer para todo o país. No Rio de Janeiro, boa parte da rede de distribuição de energia e iluminação pública repousa sobre postes da Cavan. Foi na capital fluminense, inclusive, que Deffense realizou um dos feitos técnicos mais notáveis de sua carreira: projetou e fabricou os postes de concreto armado do Aterro do Flamengo, que configura entre os mais altos do mundo.
Ao longo de 80 anos, a Cavan reinventou-se como a maioria das companhias que alcança essa idade. Aproveitou-se da especialidade em produtos de concreto pré-moldado para ingressar, em 1975, no mercado ferroviário, sendo a primeira empresa a fabricar dormentes deste tipo no Brasil. O produto ou a ser o core business da Cavan a partir dos anos 2000, com a privatização das ferrovias de carga, época em que já estava sendo comandada por um grupo brasileiro, o Guarupart Participações.
Com o decorrer dos anos, a gente foi mudando, então as demandas também mudaram. Hoje o dormente de concreto é o nosso carro-chefe de vendas, conta nessa entrevista Guilherme Godoy Pereira, diretor-presidente da Cavan Pré Moldado. O paulistano de 48 anos, formado em Economia, teve a primeira agem pela empresa em 1993, como diretor comercial. Após atuar em outras companhias, voltou à Cavan em 2014, para assumir o cargo que ocupa hoje.
Desde que começou a fabricar dormentes, a Cavan contabiliza cerca de 4 milhões de unidades entregues às ferrovias brasileiras. Metade desse número foi para a Vale, hoje a principal cliente. São
da Cavan os dormentes utilizados na duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Participa também do
fornecimento para a Ferrovia de Integração OesteLeste, na Bahia. Recentemente, assinou contrato com a Ferrovia Transnordestina Logística para a produção de 86 mil dormentes, que deverão ser entregues até maio deste ano.
No ano em que a Cavan completa oito décadas, Guilherme se diz esperançoso com o mercado. A da renovação da Rumo Malha Paulista e outros projetos tocados pelo ministério da Infraestrutura são motivos, segundo ele, para acreditar que o setor agora vai. O setor ferroviário sempre foi um setor que ‘o ano que vem vai crescer, o ano que vem vai bombar’, e isso acontece há décadas, sempre tem essa história. Infelizmente até hoje não se chegou ainda nesse ano. Mas pelo que temos
acompanhado, acreditamos muito que vai haver um investimento forte, ressalta.
Revista Ferroviária – Completar 80 anos é um feito para qualquer empresa no mundo. Como resumir a trajetória da Cavan até aqui?
Guilherme Godoy – A Cavan completou 80 anos de existência no Brasil. Mas antes de chegar ao país, a empresa já existia, tem origem belga. Era uma empresa familiar, na qual havia mais de uma família na gestão. Eles acabaram fazendo uma cisão das Cavans. Uma das famílias veiO ao Brasil e fundou a Postes Cavan. A princípio era uma empresa que atuava predominantemente no segmento de postes de concreto. A empresa era líder nesse mercado. Até hoje se você olhar nas ruas do Rio, a maioria dos postes é da Cavan, a exemplo dos que existem no Aterro do Flamengo. Desde 1988 a empresa faz parte de um grupo maior, o Guarupart Participações.
RF – Um grupo brasileiro a adquiriu então…
GG – Exatamente. Nós temos um braço no setor de energia que se chama Alupar, uma empresa ligada ao setor elétrico, que tem ações na bolsa; temos a Cavan e também uma terceira empresa que se chama Erg – Projetos e Construções, que atua no setor de empreendimentos imobiliários.
RF – E a Cavan ficou especializada no setor ferroviário?
GG – Não. Quando adquirimos a Cavan, a empresa ficou especializada em qualquer tipo de pré-moldado. No início fabricávamos só postes, mas já fabricamos também lixeira de concreto, galpões e arelas. Na época do ‘boom’ de investimento em telefonia celularinvestimento em telefonia celular, produzimos torres de celulares para antenas, postes de linha de transmissão de energia, estruturas de subestação de energia. Com o decorrer dos anos, a gente foi mudando, então as demandas também mudaram. A demanda por postes no ado era alta, ao contrário de hoje.
RF – Quando a empresa entrou no mercado ferroviário brasileiro?
GG – Nos anos de 1970 entramos no mercado ferroviário, nos tornando a primeira empresa a fabricar dormente de concreto no Brasil. Mas nas décadas de 1970, 1980 e 1990, a demanda era baixa. Hoje o foco da Cavan é na fabricação de dormentes de concreto, que é um produto que requer uma tecnologia especializada. Traduzindo, não é qualquer um que consegue fabricar dormente de concreto. Você pega, por exemplo, um galpão mais simples ou o próprio poste, é um produto mais simples de fabricação. O dormente não. O dormente requer investimentos altos para se fazer uma fábrica, ele requer um conhecimento técnico muito maior e isso tudo a gente acha que tem e que agregamos muito nisso. No ado não era, mas hoje o dormente de concreto é o carro-chefe de vendas da Cavan.
RF – A questão da demanda mudou a partir do final da década de 1990, com a privatização das ferrovias?
GG – Na verdade, nos anos 2000 melhorou, mas o setor ferroviário sempre foi um setor que o ano que vem vai crescer, o ano que vem vai bombar, e isso acontece há décadas, sempre tem essa história. Infelizmente até hoje não se chegou ainda nesse ano. A gente tem uma carência ferroviária no Brasil muito grande. Se você comparar com outros países percentualmente, inclusive com a Argentina, Chile e outros países da América do Sul, o nosso setor ferroviário é muito pequeno. Com essa mudança de governo e pelo que temos acompanhado do ministro Tarcísio de Freitas, eu acredito, nós acreditamos muito, que vai haver um investimento forte no setor ferroviário.
RF – Está mais otimista agora como nunca esteve?
GG – Sim. Estamos mais otimistas agora do que antes. Antes a gente achava que eram ‘promessas largadas ao ar’, e agora não. Agora estamos vendo realmente as coisas efetivamente acontecer. As renovações das ferrovias estão acontecendo, planos de novas ferrovias estão andando. E a gente acha que isso realmente tem que acontecer, porque o Brasil precisa, não tem mais como esperar isso.
RF – Você avalia que o mercado ferroviário deixou a desejar ao longo dos anos, mas em contrapartida a Cavan especializou-se e focou nesse setor. Por quê?
GG – Nós começamos a focar nesse mercado a partir dos anos 2000. Porque desde então a gente sentiu a carência que o Brasil tem no setor ferroviário. E a gente acreditava que um dia viria, mas o que aconteceu foi o que disse anteriormente, sempre se falava que era no ano que vem e nunca aconteceu. Mas agora estamos otimistas de que vai acontecer, então, na verdade a gente já focou nisso há mais de 10 anos. Mas temos pedidos bons. Temos um contrato grande com a Vale, empresa para qual fabricamos desde 2008, 2009 e eu acho que a demanda vai ser muito maior daqui para a frente. O que está acontecendo é o seguinte: além das novas ferrovias que vão sair, existem as renovações dos contratos que acarretarão a remodelação das ferrovias já existentes.
RF – Basicamente a demanda que existe hoje é para manter a operação ferroviária funcionando?
GG – A demanda que existe hoje é necessária para manter a velocidade do trem e das cargas transportadas, e nesse quesito o dormente de concreto é imbatível. Então, outra coisa que a gente sofria muito no ado. As ferrovias eram muito imediatistas e compravam dormentes só pelo preço, acabavam comprando dormente de madeira e outros tipos que tinham vida útil muito menor, o trem andava numa velocidade muito menor. Hoje isso também mudou. O que está acontecendo é que a maioria das ferrovias que a gente conversa já está ciente, quer dizer, já colocaram isso no plano de investimento que tem que ser dormente de concreto para que o trem possa atingir uma velocidade e uma carga suficiente para a demanda que elas precisam.
RF – Quantos dormentes a Cavan já fabricou desde que ingressou no mercado ferroviário?
GG – Não sei ao certo, mas tenho certeza que foram mais de 4 milhões de unidades. Para você ter uma ideia, nesses últimos anos, nós produzimos para a Vale 2,2 milhões de dormentes, ou seja, metade do que a Cavan já produziu para o setor ferroviário desde a década de 1970. A demanda aumentou na última década.
RF – E o que você espera para a próxima década com esse cenário de renovação antecipada dos contratos?
GG – Acredito que essa demanda vai aumentar muito, porque os projetos que estão saindo agora, por exemplo, o ministro Tarcísio já anunciou que vai o contrato de renovação da Malha Paulista. A Malha Paulista, provavelmente, vai precisar fazer uma remodelagem e troca de trilhos, troca de dormentes e os dormentes vão ser de concreto. Tem ferrovias sendo anunciadas, ferrovias novas que devem sair nos próximos anos também com dormentes de concreto. Então eu acho que esse mercado vai,no mínimo, triplicar para dormente de concreto nos próximos anos. A Ferrogrão e a própria Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) são ferrovias novas que vão sair e que vão gerar novas demandas para o nosso mercado. A própria Rumo, que tornou-se concessionária da Ferrovia Norte-Sul, vai investir lá. Então agora eu acredito realmente que a coisa vai.
RF – A indústria espera que os pedidos aconteçam ainda esse ano?
GG – Eu acredito que essa demanda vai vir com mais força a partir do ano que vem, porque demora um tempo para esses contratos serem assinados. Eu acho que ela vai aumentando gradativamente nos próximos cinco, dez anos.
RF – Ainda não há um posicionamento oficial da Rumo, mas acredita-se que cerca de 500 mil dormentes de concreto apresentam fissuras e poderão ser substituídos no trecho entre Porto Nacional e Estrela D’Oeste, da Ferrovia Norte-Sul. A empresa observa essa possível demanda?
GG – O que eu sei é o que tem saído na imprensa. É que a Rumo contratou uma empresa construtora para concluir os trechos remanescentes da ferrovia. Quanto aos dormentes eu sei que eles estão estudando o que ocorreu e se ocorreu. A única coisa que eu posso afirmar é que eu não forneci nenhum dormente para esse trecho. O que eu posso te colocar é que a Cavan forneceu dormentes para a Ferrovia de Integração Leste-Oeste, não para a Norte-Sul. Os dormentes da Fiol não tiveram nenhum problema.
RF – Quais são as encomendas ativas atualmente?
GG – São para a Vale (Estrada de Ferro Carajás) e Ferrovia Transnordestina Logística (FTL).
RF – Vocês am um contrato recentemente com a FTL?
GG – É, a FTL vai lançando os pedidos de acordo com a necessidade e com o caixa deles. No momento estamos com um contrato para o fornecimento de 86 mil unidades, que deverão ser entregues até maio deste ano. Para Vale o fornecimento vai até 2024. Nós já fornecemos para a Vale 2,2 milhões de unidades, mas o pedido total é de 2,750 milhões.
RF – Onde os dormentes da Cavan estão sendo produzidos?
GG – Na fábrica que temos em Bacabeira (MA). É uma planta muito grande, com capacidade para produzir 350 mil a 400 mil dormentes/ano.
RF – A empresa tem outras plantas de produção?
GG – Temos mais uma em Minas, que está desativada por falta de demanda, e estamos estudando hoje a abertura de uma fábrica mais ao Sul, para atender tanto Malha Paulista como a região do Paraná. Ainda está em estudo, provavelmente vamos decidir agora em março.
RF – A Cavan já forneceu para a Rumo Malha Paulista?
GG – Não, nós já fornecemos para a Malha Paulista, mas não pela Rumo, mas para a ALL. A Malha Paulista tem dormentes de concreto, mas são poucos.
RF – E em relação à área de ageiros, que discute diversos projetos de privatização? Como vocês observam isso?
GG – Eu acho que realmente a demanda maior não virá do segmento de ageiros. Transporte de ageiros é uma discussão mais longa, porque é um segmento que depende, na nossa visão, de subsídios do governo. Porque você fala do trem São Paulo-Rio, por exemplo, mas essa conta, na minha visão, não fecha. Se você colocar no papel o investimento com o valor da agem…Então eu acho que ainda é um transporte que depende muito do governo, e por isso não acredito muito em grandes investimentos e na demanda de dormentes. O que será muito forte daqui para frente é o transporte de carga, que é 100% privado, é só uma questão de fazerem as concessões e as renovações que precisam ser feitas.
RF – A Cavan atua no segmento de ageiros?
GG – Já fornecemos para a TM, mas normalmente o que acontece é o seguinte: as demandas são bem menores porque os trechos são bem menores. Se você fala em fazer um metrô aqui em São Paulo, se você fizer 3 km já é bastante. Quando você fala de uma ferrovia de carga, falamos em 300 km, então são demandas totalmente diferentes para os nossos dormentes. Você fornecer 1000 dormentes, por exemplo, não tem competitividade, porque para produzir dormente é necessário fazer alguns investimentos. Para um dormente diferente é preciso fazer um molde novo ou até dependendo da localização e da quantidade, fazer uma fábrica nova. Então, em um projeto que visa à compra de 1 milhão de dormentes é possível diluir esse investimento. Há uma produtividade melhor, então você fica muito mais competitivo, seu custo cai muito. Agora você tem que fornecer 1000 dormentes para a empresa de metrô em São Paulo o custo vai acabar não sendo viável. Mas um projeto que temos acompanhado bem de perto é o Trem Intercidades, que já é um pouco maior, tem uma boa demanda e que acreditamos que vai sair.
RF – A empresa investe em tecnologia e inovação?
GG – Há uns 15 anos, fizemos uma parceria com uma empresa norte-americana, a Rocla, que hoje detém 80% do mercado americano de dormentes de concreto. E isso foi muito bom para nós porque agregou uma tecnologia capaz de aumentar a qualidade do produto e a capacidade de produção também. A Rocla utiliza lá fora, e temos em nossa fábrica no Maranhão. É lógico que o produto de concreto não é a mesma coisa que fazer um produto eletrônico, a fábrica tem sua limitação tecnológica. Os melhores equipamentos que existem no mundo temos hoje aqui, então a nossa produtividade hoje é muito maior comparada com o que tínhamos antes. Essa fábrica que estamos estudando fazer no Sul será nos mesmos moldes. As normas brasileiras hoje são bem exigentes, inclusive elas são mais exigentes que algumas normas que da Europa, e isso nós seguimos à risca com os nossos 260 funcionários.
RF – Há algum sistema de rastreamento de produto?
GG – Nós temos na nossa fábrica um rastreamento dormente a dormente. Se amanhã der um problema em um dormente nosso eu vou saber te falar que dia que o dormente foi fabricado, com que cimento que chegou, com que pedra, com que areia, ele é 100% rastreado. Os equipamentos tecnológicos são 80% importados, para ajudar na produtividade da fábrica, então conseguimos fabricar mais dormentes com menos pessoas, o que diminui um pouco o custo e aumenta a produtividade. Todos os nossos funcionários usam uniforme, equipamentos de segurança, a gente tem uma pessoa responsável só por segurança de trabalho. Além disso, investimos em projetos sociais no Maranhão.
RF – Quais são os desafios do setor, na sua visão?
GG – Um grande desafio que vejo é a isonomia tributária que hoje nós não temos. Por exemplo, temos o nosso produto e existe um produto similar ao nosso, mas ele não é de concreto, mas tem uma vantagem tributária sobre nós. O cliente que está comprando quer saber qual é o mais barato e isso é uma desvantagem para nós, hoje estamos brigando para ter essa isonomia. Esse é um dos maiores desafios, pois a questão de financiamento existe para nossos investimentos.
RF – Como você encara a questão da competitividade nesse mercado?
GG – Para nós e acho que também para os clientes, o mundo ideal seria ter um ou dois tipos de dormentes no mercado. Porque com isso os custos cairiam muito, você teria dormente muito mais rápido e até poderia fazer estoque de
dormente, caso precisasse. Mas hoje não existe uma padronização, então tem clientes nossos que compram cinco tipos de dormentes. O mesmo cliente. O outro compra três tipos, então não existe uma padronização e isso eu acho que também é um complicômetro no nosso setor. E a competitividade, eu acho que ela sempre existe em qualquer setor que tenha demanda. Inclusive, com a demanda aumentando, isso vai piorar e eu acredito que possa até ter grupos estrangeiros interessados em se instalar no Brasil. Hoje só empresas brasileiras fabricam dormentes para nossas ferrovias. Mas a gente já sabe de países que aumentam a demanda e empresas de fora interessadas. Até nós da Cavan já nos interessamos em ir para outros países fabricar, apesar de o preço nunca ter se viabilizado.
RF – A Cavan vislumbra fornecimentos internacionais?
GG – Estamos estudando alguns projetos internacionais no Chile, Colômbia e outros países. O que eu acho que é devemos separar o joio do trigo: dormente não é só preço. Você tem uma tecnologia, uma técnica, um projeto que é muito importante. Amanhã você instala 100 mil dormentes que começam a dar problema no trilho, e aí? Como é que funciona? Vai trocar todos os dormentes? E o custo para parar uma ferrovia dessa? E aí você fala, mas o fornecedor dá garantia. Ok, mas quem é o fornecedor? Ele vai ter condições financeiras de sustentar isso? Essa é uma briga que eu tenho muito, tem que ter uma avaliação técnica e financeira do fornecedor de dormentes, para não dar os problemas que estão acontecendo, por exemplo, na Norte-Sul, que eu não se exatamente nos detalhes, mas que não é um ou dois dormentes. A Cavan mesmo não teve nenhum dormente na história dela devolvido ou rejeitado, que teve que ir lá trocar lote, nunca.
RF – Que diferenciais podem ser aplicados?
GG – É preciso avaliar a qualidade do que está comprando, a capacidade técnica do fornecedor e o pós-venda. Fazer uma avaliação, visitar a fábrica do fabricante, avaliar se está preocupado com a segurança do trabalho dos funcionários. É tudo ligado. Você chegar em uma fábrica onde os funcionários não têm nem uniforme e está trabalhando de chinelo, você já vê a segurança que estão dando para a engenharia daquele produto. Isso que eu brigo um pouco no mercado hoje em dia.
RF – A Cavan visa ingressar em outro mercado além dos pré-moldados?
GG – Chegamos a estudar o mercado de fabricação de AMVs, há uns seis meses. Mas achamos que estava muito fora do core business da empresa. Então achamos melhor focar no que fazíamos melhor, que são os dormentes. Uma coisa que acho curiosa é o fato de termos ferrovias no Brasil e não termos um fabricante de trilho no país. Encarece muito para o operador, imagine hoje com o dólar a R$ 5? Isso acaba inviabilizando alguns projetos.
Seja o primeiro a comentar