Em tempo de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), moradores da região rural do distrito de Morrinhos, em Guanambi, estão preocupados com a movimentação de trabalhadores das obras da Ferrovia de Integração Oeste Lesta (Fiol).
Na última segunda-feira (30), o Consórcio Fiol , formado por empresas Btec (antiga Pavotec) e LCM iniciou a transferência de máquinas pesadas que estavam em Brejinho das Ametistas, distrito de Caetité, para a região de Morrinhos.
A mudança se deu pelo decreto expedido pela prefeitura de Caetité na semana ada. A normativa municipal suspende as atividades industriais de extração, de transformação, de construção civil e similares. A exceção é apenas para indústrias de alimentos e de geração de energia.
Já em Guanambi, o último decreto sancionado no sábado (28), flexibilizou as restrições, autorizando as atividades de construção civil.
Cerca de 250 operários trabalham atualmente na obra. São trabalhadores da região e de várias outras regiões do país que precisam se aglomerar no transporte até o local da obra e nas áreas de convivência dos canteiros, como os refeitórios.
Além dos moradores da região da nova frente de trabalho, trabalhadores da obra também relataram à reportagem da Agência Sertão estarem com medo de contrair a doença em meio às aglomerações do dia a dia de trabalho.
O Consórcio Fiol é responsável pela construção do Lote 5 da ferrovia, etapa que compreende o trecho entre Caetité e a ponte ferroviária no município de Bom Jesus da Lapa. Este trecho faz parte da segunda etapa do projeto, compreendido entre Caetité e Barreiras. A primeira etapa vai de Ilhéus a Caetité e a terceira, ainda em sem início das obras, vai de Barreiras até Figueirópolis, no Tocantins. Ao todo, a ferrovia terá 1527 km de extensão.
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