O Metrô de Salvador, operado pela CCR Metrô Bahia, completa seis anos de existência hoje (quinta, dia 11). Se por um lado, há de se comemorar o projeto de Parceria Público-Privada que deu certo, depois de mais uma década de obras paradas (o metrô da capital baiana remonta do final dos anos de 1990 e reuniu todos os clichês de grandes obras no Brasil), por outro, o desafio é grande em meio à pandemia do novo coronavírus.
Assim como todos os sistemas de trens e metrôs pelos país, a CCR Metrô Bahia experimentou uma queda brusca do número de ageiros transportados nos últimos dois meses, imposta pelas medidas de distanciamento social necessárias para evitar a propagação do vírus. Segundo dados da Companhia de Transportes da Bahia, vinculada à secretaria de Desenvolvimento Urbano do estado, a redução em abril e maio gira em torno de 80%. Num mês típico, eram mais de 8 milhões de ageiros transportados/mês, diminuindo para pouco mais de 2 milhões nos meses da pandemia.
Mas a despeito do momento de crise sanitária, o Metrô de Salvador vinha antes dela alcançando recordes e crescimento em ritmo atípico tratando-se de Brasil. No dia 11 de junho de 2014, quando começou a operação assistida e gratuita em cinco estações da Linha 1 (Lapa, Campo de Pólvora, Brotas, o Norte e Retiro) eram 60 mil ageiros transportados/dia. Com as linhas 1 e 2 completas, chegando até ao Aeroporto de Salvador em 2018, o sistema pulou para 370 mil ageiros/dia.
Ao contrário do que ocorre em outros sistemas metroviários do Brasil, o Metrô Bahia registrou uma expansão considerável. Hoje, conta com duas linhas e 20 estações, distribuídas por 33 km de trilhos. A conexão com o sistema de ônibus é realizada em oito terminais de integração, sendo sete deles istrados pela CCR Metrô Bahia. A frota é composta por 40 trens fabricados pela Hyundai-Rotem, cada um deles com capacidade para transportar mil ageiros por viagem.
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