Diário do Porto (RJ) – Kazuhisa Ota, diretor-executivo da Gumi Brasil, empresa que istra a SuperVia, disse em audiência pública da I dos Trens da Alerj, que os serviços de trens urbanos do Rio poderão ser paralisados em agosto, caso o Governo do Estado não faça rees para manter o sistema em funcionamento. O governador do Rio, Claudio Castro, reagiu com indignação diante da possibilidade de paralisação da SuperVia. Segundo Castro, a Gumi não vai conseguir recursos do Estado fazendo ameaças.
A Gumi Brasil (Guarana Urban Mobility (Gumi) é uma empresa controlada pelos grupos japoneses Mitsui (57,6%), West Japan Railway Company (24%) e o , fundo de investimentos, 18,4%.
Quando os japoneses assumiram a SuperVia em 2019, houve a esperança de que os serviços iriam melhorar, pois poderiam trazer a expertise de seu país natal, um dos mais desenvolvidos do mundo em sistemas ferroviários. Porém a qualidade do transporte sobre trilhos na região metropolitana do Rio piorou ainda mais, motivando a instalação da I na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
O diretor-executivo da SuperVia foi taxativo na Alerj, dizendo que a continuidade do transporte de ageiros depende de recursos do Governo Estado. Segundo o subsecretário de Mobilidade da Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), Alexandre Daiuto, o valor desse ree de dinheiro público para a SuperVia está sendo discutido na Secretaria, com representantes da Agência Reguladora de Transportes (Agetransp) e da Gumi Brasil. Não há prazo para um acordo, mas os controladores da SuperVia acreditam que deva ser celebrado ainda este mês.
SuperVia pode devolver a concessão no próximo ano
Em 2010, o contrato de concessão com a SuperVia foi prorrogado pelo Governo do Estado até 2045. No entanto, a concessionária pode devolver a gestão em 2023, caso não sejam cumpridas as obrigações previstas. A SuperVia quer que seja firmado um novo termo aditivo para que o Governo do Estado garanta o reequilíbrio financeiro do contrato.
A concessionária vem sendo criticada duramente pelas constantes paralisações de linhas, atrasos e falta de qualidade no atendimento aos ageiros. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2021, quando alegava acumular dívidas de R$ 1,2 bilhão. Os problemas teriam se agravado durante o período de distanciamento social da pandemia, a partir de março de 2020, quando a média de ageiros caiu de 600 mil por dia para cerca de 190 mil.
A empresa opera o serviço de trens urbanos no Rio de Janeiro e em mais onze municípios da Região Metropolitana e Baixada Fluminense, por meio uma malha ferroviária de 270 quilômetros dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações.
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