Valor Econômico – A oferta de madeira limitada no Brasil em relação ao que seria necessário para abastecer novas fábricas de celulose é um obstáculo importante à execução de projetos para os próximos sete anos, tempo necessário para que o eucalipto esteja pronto para corte, na avaliação do presidente da Suzano, Walter Schalka.
“É muito difícil ver novos projetos acontecendo no Brasil por falta de madeira”, afirmou o executivo, lembrando que a Bracell, com seu projeto de expansão em Lençóis Paulista (SP), consumiu o que estava disponível em São Paulo e ainda entrou em Mato Grosso do Sul.
Naquele Estado, a Suzano está investindo em uma nova fábrica de celulose, também demandando volumes expressivos de madeira.
“O que está acontecendo é que, na minha perspectiva, começa a faltar madeira no Brasil. Não temos disponibilidade de madeira para projetos competitivos de curto prazo” reiterou.
Para o diretor comercial e de logística da Eldorado Brasil, Rodrigo Libaber, não haverá madeira para novos projetos no curto prazo. “Mais: não haverá madeira economicamente viável no longo prazo [se os plantios não forem iniciados já]”, comentou.
Há áreas disponíveis, seguiu o executivo, e as fronteiras são “enormes” no país. Portanto, há espaço para crescimento da indústria de celulose, desde que haja planejamento e organização.
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