O Globo – Funcionários da Supervia sofreram, na madrugada desta quinta-feira, o segundo assalto em menos de um mês. Por volta de 1h30, pelo menos três criminosos armados com facas abordaram dois funcionários que faziam serviço de manutenção nas proximidades da estação de São Cristóvão. As vítimas foram agredidas e tiveram ferramentas e pertences roubados.
De acordo com a concessionária, os assaltantes fugiram pela linha férrea. Durante a ação, os funcionários de manutenção foram atacados com cacos de vidro e agredidos com tapas e socos. Eles receberam atendimento em uma unidade de saúde próxima e, segundo a Supervia, am bem.
Em nota, a concessionária lamentou a ocorrência, afirmou que está prestando apoio às vítimas e garantiu que, “além da recuperação física, eles deverão ar por apoio psicológico e serão afastados de suas atividades para a plena recuperação”. A Supervia relata, ainda, que comunicou o fato ao Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) e que vai registrar ocorrência em delegacia.
A Supervia também esclareceu que seus agentes de segurança “não têm poder de polícia para atuar na prevenção ou coerção de ações de natureza criminal, conforme estabelece a legislação e o contrato de concessão”, e que, quando há ocorrência policia, a orientação é que os agentes acionem os órgãos responsáveis.
Segundo a PM, responsável pela atuação do GPFer, a unidade teve conhecimento da ocorrência após o término. A corporação diz, ainda, que mantém duas equipes na sede do grupamento, localizada próximo à Central do Brasil, durante a madrugada, e que o policiamento na malha ferroviária acontece diuturnamente, com foco nos horários de pico.
Segunda ocorrência em menos de um mês
No dia 15 de novembro, sete funcionários da Supervia foram alvos de um ataque semelhante. Três assaltantes armados com fuzis e granadas invadiram o trem de manutenção entre as estações de São Cristóvão e Praça da Bandeira e prenderam os funcionários por cerca de uma hora. Durante a ação, que teve início por volta das 3h, os criminosos agrediram os funcionários com tapas e socos, roubaram pertences e chegaram a ameaçá-los com o lançamento de granadas.
Além dos itens pessoais, como celulares, carteiras e relógios, os assaltantes também levaram uma caixa com as ferramentas utilizadas no serviço de manutenção. Os funcionários também foram afastados da rotina de serviço e recebem assistência psicológica de uma equipe especializada da Supervia. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).
Na ocasião, o diretor de Manutenção da Supervia, Roberto Fischer, disse que casos desse tipo foram registrados outras vezes nos últimos anos e colocam em risco a integridade física e psicológica de funcionários e ageiros. Um dos fatores atribuídos pelo diretor ao problema da insegurança está relacionado à rota da linha férrea, que, segundo ele, a por regiões com alto índice de criminalidade.
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