Trem no Rio terá mesma solução das barcas

Monitor Mercantil – O serviço de transporte ferroviário de ageiros no Estado do Rio de Janeiro ará por um período de transição a partir do dia 18 de julho. A informação foi divulgada durante reunião da Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses, realizada nesta sexta-feira, na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

À frente da Central Logística, vinculada à Secretaria Estadual de Transportes, Fabrício Abílio disse que a companhia poderá assumir a operação de forma interina até a conclusão da licitação. Ele destacou que o novo modelo de concessão poderá ser mais vantajoso para os usuários.

Estudos indicam que a remuneração da futura concessionária será calculada com base na distância total percorrida pelos trens, em vez de se basear na outorga e no número de ageiros transportados, como é aplicado hoje.

“Dessa forma, descola-se o valor da tarifa da monetização do operador. Isso abre espaço para decisões de Estado, como a gratuidade nos finais de semana ou tarifas mais íveis. Com isso, conseguimos oferecer um serviço de melhor qualidade a um preço mais justo”, explicou Abílio.

O coordenador da Frente Parlamentar da Alerj, deputado Luiz Paulo (PSD), elogiou o modelo proposto, citando que esse mesmo sistema de concessão já foi adotado em fevereiro deste ano no contrato com o Consórcio Barcas Rio, resultando na redução das tarifas.

“No momento, não vejo outro modelo melhor. Eu diria que é o único possível. A empresa vencedora da licitação assume a operação, mas a receita das tarifas vai para o governo, que a utiliza parcialmente para custear o contrato”, afirmou o parlamentar. Ele ainda antecipou que uma nova reunião será realizada para avaliar a modelagem adotada.

Garantia de continuidade do serviço de trem no Rio

A transição para o novo modelo também foi pauta da reunião. O assessor jurídico da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp), Yubirajara Correa, garantiu que o órgão está trabalhando para que não haja interrupção no serviço.

“Essa é a grande preocupação da Agência, e temos atuado para assegurar a continuidade do serviço. O relatório final dos estudos será entregue em junho, e nossa expectativa é de que todas as condições sejam atendidas para uma transição sem prejuízo aos usuários”, explicou.

Ainda segundo Correa, o número de ageiros atendidos tem aumentado graças à atuação do governo do estado e da Agetransp, que intensificou as ações de fiscalização.

Representantes de sindicatos e profissionais ferroviários também participaram da reunião e demonstraram preocupação com a manutenção dos empregos durante o período de transição. Fabrício Abílio tranquilizou os trabalhadores. “A qualificação desses profissionais é muito específica e altamente valorizada, e estamos melhorando o atendimento ao público graças também ao empenho dos funcionários. Estamos abertos ao diálogo e a ouvir os pleitos dos sindicatos”, concluiu.

A linha operada pela SuperVia tem 270 km de trilhos, oito ramais e 104 estações na capital e mais 11 cidades da região metropolitana. Em 2016, o sistema transportava cerca de 15 milhões de ageiros por ano. Em 2024, a média caiu para 6,9 milhões até junho, de acordo com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp).

Fonte: https://monitormercantil.com.br/frente-parlamentar-da-alerj-pro-ferrovias-discute-concessao-da-supervia/

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