Alckmin recorrerá de suspensão do aumento em tarifas de trens

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou
que a istração estadual recorrerá nesta segunda-feira, 9, da decisão
judicial, em caráter liminar, que suspendeu os reajustes nas tarifas integradas
dos trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trenas Metropolitanos (TM).

Na sexta-feira, 6, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho,
do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), suspendeu os aumentos de 14,8% nos
bilhetes integrados com o ônibus da capital paulista e de até 35,7% nos
bilhetes temporais.

Os reajustes foram aplicados por Alckmin para garantir o
congelamento da tarifa básica em R$ 3,80, acompanhando a decisão do prefeito João
Doria (PSDB) em não dar aumento no preço da agem na capital. “Entendemos
que essa decisão (de reajustar o valor da integração) é a mais correta,
beneficia mais pessoas e quem mais precisa”, afirmou o governador tucano.

Alckmin citou ainda que a tarifa da integração vale a pena
mesmo com o reajuste, já que o valor “é quase 11% mais barato”. No preço cheio,
a integração sairia por R$ 7,60 e, com o desconto, por R$ 6,80 – atualmente
custa R$ 5,92. O tucano citou como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, que
elevou o valor da integração a R$ 8.

Apesar da decisão judicial, os aumentos já entraram em
vigor. Alckmin reiterou que o Estado ainda não foi notificado sobre a liminar.
“Não houve nenhuma notificação. Portanto, não houve nenhuma exigência”, disse.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo
Pelissioni, reafirmou que as tarifas foram alteradas porque não houve
notificação da Justiça e indiciou que, caso o aviso ocorra antes do julgamento
do recurso, que ainda será apresentado, as empresas serão comunicadas pelo
governo sobre o valor das tarifas, voltando aos preços anteriores.

O governo, no entanto, espera que essa medida não seja
necessária, pois acredita em julgamento favorável que casse a liminar ainda
nesta Segunda-feira.

Reajustes

Ao todo, seis modalidades de pagamento foram reajustadas,
afetando cerca de 25% dos usuários de ônibus da capital (cerca de 1,5 milhão de
ageiros por dia) e 49% dos ageiros de metrô (cerca de 2,2 milhões de
usuários). No caso da TM, os reajustes atingem 37% dos ageiros (cerca de
1 milhão de usuários).

O aumento mais significativo ocorreu no bilhete único
mensal, que ará dos atuais R$ 140 para R$ 190, alta de 35,7%, ou R$ 50 mais
caro. Com isso, essa opção só a a ser vantajosa para o ageiro que fizer
mais de 50 viagens por mês – antes valia a pena para quem fizesse ao menos 37
viagens.

Já o bilhete mensal integrado (ônibus e trilhos) terá
aumento de 30%, ando de R$ 230 para R$ 300, o que o torna vantajoso somente
para quem fizer mais de 44 viagens por mês – e não mais 39.

Juntos, os bilhetes são usados por cerca de 3% dos usuários
do Metrô e da TM, ou 250 mil ageiros. Já o bilhete 24 horas comum
(indicado para mais de 4 viagens por dia) subiu de R$ 10 para R$ 15, e o
integrado, de R$ 16 para R$ 20.

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