RF – Berlim – Os participantes do estande coletivo brasileiro aproveitam a InnoTrans para estreitar contatos com clientes, fornecedores e parceiros no Brasil. “Um de nossos principais objetivos aqui é divulgar nossas atividades entre as próprias empresas brasileiras”, afirma Andre Barski, consultor do segmento ferroviário do grupo Alusa. “Ao invés de viajar pelo Brasil, posso encontrar essas pessoas todas aqui em Berlim e ainda me informar sobre as novas tendências no mercado global e sobre os concorrentes internacionais”, observa.
“Os contatos com nossos clientes brasileiros aqui na feira têm sido muito importantes”, afirma Ingobert Piske, da Industrial Rex. A produtora catarinense de elementos metálicos de fixação, como parafusos, porcas e ruelas, também integra o estande comunitário do Brasil. “Esse espaço promove o estreitamento do relacionamento entre clientes e fornecedores”, diz. “Também busco na feira novas tecnologias e novas oportunidades para levar ao mercado brasileiro”, completa. “As principais empresas do ramo estão aqui, e a troca de experiências é espetacular.”
MRS participa da Innotrans com 18 representantes em Berlim
“A feira está muito boa em termos de opções de contatos para futuros negócios”, comemora Eduardo Parente, presidente da MRS Logística. A concessionária, que controla, opera e monitora a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal, está investindo na participação brasileira na Innotrans, comparecendo com 18 de seus funcionários.
Ele está constatando em Berlim um grande interesse dos estrangeiros em participar do mercado no Brasil. “Os empresários que nos têm recebido nos têm dado uma atenção grande e já sabem quem nós somos, o que não acontecia alguns anos atrás”, observa Parente.
Um dos compromissos da MRS Logítica nesta quarta-feira em Berlim foi um encontro com executivos do grupo americano Loram, realizado no estande coletivo brasileiro. “Estivemos conversando com eles sobre a possível compra de equipamentos de manutenção de linha”, lembra Henrique Aché, diretor de desenvolvimento da MRS.
Metrô do Rio busca novas soluções
Um exemplo dos novos investimentos no país pode ser verificado no metrô do Rio de Janeiro. “Temos um plano de expansão grande no Rio, compramos novos trens com o que existe de mais avançado em tecnologia”, lembra José Gustavo de Souza Costa, presidente do Metrô Rio. Ele está em Berlim pesquisando as novas soluções para levar ao Brasil. “Vale muito a pena participar da Innotrans”, avalia. “Para ver e aprender com as novas tecnologias que estão sendo usadas em nas várias áreas do setor.” As inovações que mais impressionaram Souza Costa são os novos sistemas de informação aos ageiros de metrô. “Estamos vendo aqui várias empresas muito envolvidas com informação ao ageiro e de forma sofisticada, como TVs no interior dos trens, displays com mapas da linha utilizando LEDs”, enumera. Novidades parecidas serão implantadas brevemente no metrô do Rio de Janeiro, segundo Joubert Fortes Flore sFilho, diretor de relações institucionais do Metrô Rio “Estamos colocando televisores nos carros novos que vão servir a linha 2 do metrô carioca”, revela.
Para empresa alemã, Brasil supera China e Índia
Ulf Boyer, gerente de vendas da produtora alemã de equipamentos pesados Rekers, é um dos visitantes do pavilhão do Brasil impressionados com o crescimento da importância do setor ferroviário brasileiro no panorama mundial. “O Brasil é um mercado em grande expansão e que representa muitas novas perspectivas sendo, para nós, um país até mais interessante do que China e Índia, onde já temos alguns negócios”, comenta. Em Berlim, ele esteve se reunindo com expositores brasileiros, visando a venda de equipamentos. “No Brasil, os produtores locais estão no limite de sua capacidade produtiva, o que nos dá chance de entrar nessa concorrência”, ressalta. Segundo ele, os preços e características do mercado brasileiro são mais propícios aos europeus do que nos mercados emergentes da Ásia. O próximo o, assegura Boyer, é a abertura de uma filial da empresa alemã no Brasil. “Queremos inaugurar em breve um escritório no Brasil, para poder trabalhar melhor esse mercado”, diz.
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