A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) apóia integralmente a construção da ferrovia Leste-Oeste. Os trilhos vão escoar além da safra de grãos, seriam transportados também outros produtos da pauta de exportação, como carnes e minérios.
Com este ramal os produtores poderão ter uma economia de até 30% nos custos do frete, de acordo com estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Segundo o coordenador para Assuntos Ferroviários da Federação Fiemt, Luiz Garcia, a obra irá proporcionar importantes avanços à economia de Mato Grosso. “A Fiemt apóia sem restrições o novo projeto, que dará celeridade ao escoamento da safra agrícola, mas defende também a continuidade das obras da Ferrovia Senador Vuolo a Rondonópolis e Cuiabá”, observa.
Garcia diz que a Leste-Oeste é fundamental para acelerar o processo de escoamento da safra do norte estadual, que produz atualmente mais de cinco milhões de toneladas de soja. “Há uma estimativa de que o Brasil, nos próximos cinco anos, vai precisar produzir 85 milhões de toneladas de soja. E é aqui na região Centro-Oeste, mais precisamente em Mato Grosso, que isso acontecerá”, frisa.
Por isso, ele vê o projeto como de “fundamental importância” para incrementar a economia regional. “Seria muito bom mesmo se isso [a construção do novo ramal] viesse a se concretizar. É sinal de que o Brasil está disposto a tomar atitudes estruturantes para o processo produtivo e para reduzir o custo Brasil”, salientou o representante da Fiemt.
ECONOMIA – Com os trilhos interligando Lucas do Rio Verde ao porto de Itaqui, em Vilhena, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira, acredita que será possível “baratear substancialmente” os custos de produção. “A cada duas partes da safra que o produtor leva para os portos de exportação, uma fica para pagar frete. E essa economia fará a diferença em termos de rentabilidade e competitividade no mercado internacional”. Segundo ele, os produtores de soja gastam R$ 1 bilhão a mais a cada safra por falta de logística.
“Sem dúvida, a ferrovia irá trazer um forte estímulo à economia da região, principalmente na área de influência da ferrovia, que concentra a maior densidade agrícola do Estado”, frisa.
Para ele, a iniciativa de se construir a Leste-Oeste representa uma saída a mais para melhorar a competitividade dos produtos regionais. “O projeto irá atender uma grande demanda de necessidades, que é o escoamento da safra. Mato Grosso é o grande celeiro do país e precisa de uma logística de transporte mais eficiente para escoar a safra e dar maior competitividade aos agricultores”, afirmou.
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