A crise financeira e os licenciamentos ambientais fizeram a Transnordestina Logística S.A. mudar seus planos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, ontem, no Diário Oficial da União, uma resolução modificando as metas de produção e prazo de obras da empresa que constam no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado em 2005.
A concessionária transportou, em 2007, 897 milhões de toneladas por quilômetro útil (TKU), não conseguindo cumprir a meta de 1,82 bilhão TKU estipulada pela ANTT. Além disso, o fim das obras da Linha Tronco Sul aram de dezembro para 30 de setembro deste ano.
O não-cumprimento da meta causaria uma penalidade a Transnordestina Logística – antiga Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) -, que varia de acordo com a receita anual da empresa. Na resolução, consta a aceitação da justificativa e da multa não ser aplicada.
Pactuamos as metas de acordo com o mercado financeiro e transporte. Para 2009, a meta será de 930 milhões de TKU. A empresa conseguirá fechar em 2008 esse valor, disse o superintendente de Serviços de Transporte de Cargas da ANTT, Marcus Almeida.
A Transnordestina Logística informou à agência que teve problemas com quatro dos seus grandes clientes que não cumpriram com os contratos antes estabelecidos. De acordo com Almeida, as empresas são Mhag, Votorantim e Vale. Com a primeira, dos 788 milhões de TKU de minério de ferro, apenas 110 milhões de TKU foram transportados. A empresa teve perdas de receita, exemplificou.
Sobre as obras da Linha Tronco Sul, que teve início em 2007, houve problemas com as licenças ambientais. A reportagem procurou a assessoria de Imprensa da concessionária, também responsável pelas obras da Ferrovia Transnordestina, mas, até o fechamento desta edição, não houve contato.
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