Valor Econômico – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta terça-feira, em mensagem dirigida a investidores, que os contratos no Brasil “são respeitados, independente da matriz ideológica, desde [o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso] FHC, ando pelo PT e chegando em [Jair] Bolsonaro”.
Durante sua participação no do Fórum de Investimentos Brasil 2021, o ministro voltou a dizer que os projetos de infraestrutura da pasta contam com uma matriz de risco “bastante sofisticada”, que abarca o impacto da desvalorização cambial, para investidores estrangeiros, e a eventual queda na demanda pelo serviço concedido. Segundo ele, os novos contratos cuidam daqueles riscos que “eram percebidos pelo mercado e não eram tratados” pelo governo.
Além de considerar os riscos, os novos contratos oferecem, de forma conservadora, taxa de retorno real de 8% a 11% ao ano.
Tarcísio comemorou o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, acima das expectativas mercado, conforme divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Essa é uma evidência de que estamos no caminho certo”, afirmou. Ele também disse que previsões conservadoras apontam para alta do PIB de 4,3% a 4,5% neste ano e outras, mais otimistas, superior a 5%.
Na abertura do evento, o ministro disse que há dois anos havia avisado: “Pessimistas que desculpem, mas o Brasil vai dar certo”. Agora, ele poderia confirmar a declaração.
Tarcísio ainda ressaltou que 70 leilões foram realizados no governo Bolsonaro, com ativos transferidos para iniciativa privada. “Conseguimos atrair o capital privado e, agora, os investimentos vão se materializar ao longo do tempo”, disse.
Aos investidores, ele afirmou que o Brasil é “líder em preservação”, com 60% de sua reserva florestal preservada. Isso faz, segundo ele, com que os projetos em a receber certificação de sustentabilidade, o chamado selo “verde”, e recebam financiamento de recursos dedicados a projetos sustentáveis.
Um exemplo citado pelo ministro é o Ferrogrão, projeto de ferrovia que vai escoar grãos da região central do país. Segundo ele, a ferrovia vai “sequestrar” 1 milhão de toneladas de CO² ao substituir o tráfego de caminhões nas rodovias. O projeto é alvo de contestação na Justiça por controvérsias ambientais em sua construção. Para ele, com iniciativas como esta, que reduzem o custo de transportes, sobrarão recursos para investir no setor produtivo.
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