Valor Econômico – Os preços do minério de ferro encerraram o dia com queda acentuada nos mercados à vista e futuro, em meio às crescentes preocupações com o aumento dos estoques de produtos siderúrgicos na China, maior produtora mundial de aço.
Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% recuou 5,6% no norte da China, para US$ 109,840 por tonelada, no menor nível em seis meses.
Receios de que as medidas de estímulo à construção civil e infraestrutura no país asiático não sejam efetivas, resultando em fraca demanda de aço, levaram a commodity a acumular desvalorização de quase 20% neste mês.
Em 2022, as perdas acumuladas chegam a 8%. “Os mercados estão particularmente preocupados que as expectativas de crescimento da demanda ligadas à promessa de mais investimentos em infraestrutura na China possam não se materializar, especialmente com a política de covid zero ainda em vigor”, disse à agência Reuters o analista Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia.
Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, para setembro, cederam 6%, para 709,50 yuan por tonelada.
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