O diretor de investimentos da China Communications Construction Company (CCCC) para a América do Sul, Yu Yong, disse nesta sexta-feira que a empresa chinesa estará presente nas rodadas de concessões de infraestrutura que o governo brasileiro pretende promover em 2020. A companhia arrematou, em consórcio com a China Railway 20 Bureau Group (CR20), o projeto da Ponte Salvador-Itaparica, na Bahia, que demandará investimentos de R$ 5,3 bilhões.
“[As novas concessões] Vão contar com a nossa presença. Estamos acompanhando”, disse a jornalistas, após participar do seminário “O Futuro da Parceria Estratégia Global China-Brasil”, na FGV, no Rio de Janeiro.
Segundo o executivo, a companhia – que é controladora da Concremat – tem interesse em estradas, rodovias, ferrovias, portos e pontes.
“Expressamos confiança no mercado brasileiro. Sabemos que o governo brasileiro está fazendo muitas políticas de reformas para melhorar o ambiente de investimento, especialmente para investidores estrangeiros. Por isso temos muita confiança e vamos continuar a investir, aumentar o nosso investimento no mercado brasileiro”, comentou.
Segundo ele, o empreendimento no Maranhão contribuirá para melhoria da logística de exportação de grãos e para aumentar a produtividade do Brasil.
O executivo disse que a empresa já obteve as licenças para construção do porto e começou as obras de terraplanagem. Ele afirmou que a companhia está focada na conclusão do financiamento do empreendimento “o mais cedo possível”. E mencionou que a obra pode contar com capital chinês e de outros países. Também não descartou a possibilidade de uma captação de recursos com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Questionado se a CCCC tem interesse na concessão da Via Dutra, ele respondeu que a empresa monitora “todas as oportunidades”, mas que não comenta projetos específicos.
“Temos um time focado em investimentos e monitorando oportunidades de negócios”, afirmou.
Durante sua apresentação no seminário, o executivo disse que o desenvolvimento de projetos novos no Brasil apresenta desafios que “merecem mais consideração e e das partes concedentes”. Ele citou, por exemplo, as dificuldades no processo de licenciamento ambiental e desapropriação de terrenos.
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